23 de novembro de 2024

Sky Train da China levita sem energia em trilhos de ímã permanente

Sky Train China

Uma linha de teste do Sky Train, no sul da China, estreou seu primeiro sistema maglev usando ímãs permanentes em vez de eletroímãs. O sistema é capaz de manter seus vagões suspensos indefinidamente sem fonte de alimentação.

Os benefícios dos sistemas de transporte público maglev são bastante claros: eles são quase silenciosos, precisam de pouca manutenção e eliminam a resistência ao rolamento, portanto, usam menos energia para acelerar. Por outro lado, eles não são muito usados em serviços de baixa velocidade, já que a energia usada para levitar um trem maglev convencional adiciona algo em torno de 15% à conta de energia geral em velocidades suburbanas, em comparação com um metrô ou trilho leve.

Já os ímãs permanentes fornecem suas forças magnéticas 24 horas por dia, 7 dias por semana, de graça, pelo menos para a China, que possui grandes reservas dos metais de terras raras necessários para torná-los ímãs permanentes.

Sky Train da China

O gigante asiático tem quase 40% de todas as reservas conhecidas de elementos de terras raras do mundo – duas vezes mais que seu vizinho Vietnã em segundo lugar. Também extrai muito mais desses metais do que qualquer outro país e domina absolutamente a cadeia de processamento e fornecimento – apenas seis empresas estatais chinesas produziram 85% das terras raras refinadas do mundo em 2020.

Tudo isso significa que o Sky Train experimental, revelado na semana passada no condado de Xingguo, província de Jiangxi, é uma proposta aparentemente viável apenas na China.

Atualmente, é apenas uma única pista de teste de 800 metros, construída em postes de aço que levantam a pista cerca de 10m  no ar. Um trem de dois vagões transportando até 88 passageiros é suspenso magneticamente sob os trilhos, sem fazer contato, e desliza, silencioso e sem atrito, entre plataformas elevadas de passageiros a velocidades de até 80 km/h. Quando os testes terminarem, ele será estendido para uma pista de 7,5 km, com uma velocidade máxima mais, alta em torno de 120 km/h.

Sky Train da China

Sendo erguido em postes, requer menos espaço no solo do que uma operação de trem leve e, de acordo com o South China Morning Post, esses Sky Trains custam cerca de um décimo do que um metrô custa – mesmo contabilizando as grandes quantidades de neodímio envolvido.

Eles certamente envelhecerão bem no balanço patrimonial também – um ímã aprimorado com neodímio perde menos de 5% de seu magnetismo em um século.