O clássico Romi-Isetta, que chegou a ser fabricado no Brasil entre os anos de 1955 e 1961, renasceu elétrico pelas mãos da empresa suíça Micro-Mobility Sistems.
Desde que foi apresentado em 2016, com previsão de ser lançado em 2018, a fabricante sofreu alguns reveses e agora em 2022, parece que o Microlino – o nome desta Isetta elétrica –, chegou em sua fase de produção e, finalmente, os clientes vão começar a receber seus micros elétricos. E a procura não foi pequena. Estima-se que o Microlino reuniu mais de 10 mil encomendas desde que foi apresentado.
A Micro-Mobility começou a produção dos Microlinos 2.0 em março deste ano e prevê as primeiras entregas para clientes da Suíça e Alemanha agora em maio.
O novo elétrico terá três opções de bateria, cada uma com dados de autonomia e desempenho diferentes. Ele disponibiliza baterias de íon-lítio de 6 kWh, 10,5 kWh e 14 kWh. As autonomias são respectivamente de 95, 175 e 230 quilômetros.
As baterias de 6 e 14 kWh necessitam de quatro horas para carregar 80% de sua capacidade, enquanto a opção de 10,5 kWh precisa de apenas três horas.
Quanto ao visual, o Microlino está disponível em três edições que diferem apenas esteticamente, as especificações técnicas são as mesmas para todas e tem preços a partir de 12.300 euros (aproximadamente R$ 65 mil).
A edição Urban segue a filosofia de menos é mais e é especialmente dirigido a clientes que gostam de um veículo ecológico e prático para as suas viagens diárias. Ele vem em duas cores Santorini White unicolor e Amsterdam Orange cor dupla com um teto preto brilhante. Possui dois estilos de interior simplistas em preto e o modelo de entrada vem com o teto coupé fechado que pode ser atualizado para o teto solar.
Já a edição Dolce foi pensada para clientes que gostam de um toque retrô e cores mais chamativas, que incorporam o estilo de vida “Dolce Vita” na Itália dos anos 50 e 60 e possui teto solar e vem em cinco cores distintas e apresenta detalhes cromados e teto branco.
A edição Competizione tem um estilo moderno e futurista, combinado com detalhes cromados sutis e cores foscas da carroceria contrastando com o teto preto brilhante com barras de led dianteiras e traseiras.
O Isetta
Em 1952, a Iso Rivolta, fabricante italiana de automóveis e motocicletas, começou a fabricar o Isetta (diminutivo da marca ISO em italiano). Os direitos de produção do mini-carro foram cedidos a fabricantes da Alemanha, França, Espanha, Bélgica, Inglaterra, Áustria e Suécia. Em cada país, o nome dos Isetta era antecedido pelo do fabricante local.
Em 1953 as Indústrias Romi, fabricante brasileira de máquinas industriais, sediada em Santa Bárbara d’Oeste, SP, adquiriu os direitos de produção que se iniciou em 1955 (Daí o nome Romi-Isetta). Os Isetta fabricados no Brasil eram idênticos aos europeus, sem adaptações. Apenas os motores (inicialmente o Iso de 198 cm3, depois os BMW com 298 cm3) eram importados. A empresa produziu cerca de três mil unidades do Romi-Isetta no Brasil.