A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) decidiu retirar a proposta de fusão feita à Renault depois que o governo francês, que detém 15% das ações da Renault, pediu um adiamento sobre a decisão de unir as duas empresas para poder consultar a Nissan.
Desde que a FCA oficializou sua proposta, o governo francês mostrava-se otimista, desde que a fusão não afetasse seus elos com a Nissan.
Segundo a FCA “as condições políticas na França impediram o prosseguimento bem-sucedido de tal combinação”.
No comunicado divulgado, a FCA afirma que “permanece firmemente convencida quanto à lógica sólida e transformadora da proposta, que foi amplamente apreciada desde a sua submissão, cujos termos e estrutura foram cuidadosamente equilibrados para entregar benefícios substanciais para todas as partes”.
A Renault, também em comunicado, expressa sua decepção por não ter a oportunidade de continuar a perseguir a proposta da FCA e afirma que “apreciamos a abordagem construtiva da Nissan e queremos agradecer à FCA por seus esforços”.
A montadora francesa afirmou ainda que via a “oportunidade como uma lógica industrial convincente e grande mérito financeiro, e que resultaria em uma central global de automóveis baseada na Europa”.
A fusão dos dois grupos criaria a terceira maior empresa do setor, avaliada em US $ 35 bilhões. O negócio combinado teria vendas anuais de aproximadamente 8,7 milhões de veículos, seria uma líder mundial em tecnologias de veículos elétricos, marcas premium, SUVs, picapes e veículos comerciais leves, e teria uma presença global mais ampla e equilibrada do que cada uma das empresas separadamente.
Geograficamente, com base nas vendas globais de 2018 da FCA e do Groupe Renault, a companhia combinada seria nº 4 na América do Norte, nº 2 na Europa, África e Oriente Médio (EMEA) e nº 1 na América Latina, e teria os recursos aumentados para crescer sua participação na região Ásia-Pacífico.
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