25 de novembro de 2024

Micro e minimobilidade abrem caminho para emissões zero

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O caminho para a descarbonização do transporte parece mais promissor. Mudar o transporte de carros para opções de transporte público e micromobilidade nas cidades do mundo deve dobrar nesta década para se alinhar ao Acordo de Paris. E entre 40 a 80 por cento dos quilômetros globais percorridos nas cidades devem ser feitas a pé, de bicicleta ou de transporte público, de acordo com o C40 Cities Climate Leadership Group. Empresas, governos e indivíduos estão começando a seguir esse caminho.

Grandes empresas, como a Ambev, começam a eletrificar suas frotas, impulsionadas em parte pelas cidades que se preocupam com o clima. A cidade de São Paulo pretende que toda renovação da frota de ônibus urbanos seja elétrica.

A cidade de Nova York anunciou no ano passado um pedido para empresas de entrega e operadores de frete para ajudar a iniciar um piloto em julho para desenvolver micro-hubs de distribuição “eficientes, sustentáveis ​​e economicamente viáveis”. Isso aceleraria as entregas de bicicletas de carga, que mais que dobraram nos nove primeiros meses da pandemia de coronavírus, entre maio de 2020 e janeiro de 2021.

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Mais inovação está chegando. Embora a micromobilidade possa ser uma ferramenta valiosa para diminuir as emissões, dependendo de sua aplicação, a minimobilidade – que inclui veículos de três ou quatro rodas para uma ou duas pessoas com proteção adicional contra intempéries  – também está chamando a atenção. Um relatório global da McKinsey descobriu que 30% dos entrevistados provavelmente ou muito provavelmente considerarão a minimobilidade no futuro.

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Ainda assim, a transição não será fácil. As cidades precisarão priorizar o afastamento das pessoas dos veículos pessoais; construir novas ciclovias; e expandir, eletrificar e melhorar o transporte público para atender mais pessoas e criar sistemas interconectados entre os modos de transporte.

Para maximizar as reduções de emissões, será fundamental que as cidades usem a micromobilidade e a minimobilidade como substitutos da direção, não do transporte público ou da caminhada.

As emissões líquidas zero de transporte até 2050 continuarão sendo um sonho sem deixar de usar veículos poluentes. Transporte público, micromobilidade e decisões políticas inteligentes são os componentes desta equação.