O município de São Bernardo do Campo, SP, e a 99, empresa de mobilidade urbana, fecharam um contrato para o deslocamento de servidores públicos em agendas administrativas e oficiais.
Assinado no dia 13 de julho, o contrato, com valor de aproximadamente R$ 1,8 milhão por ano, prevê uma economia de R$ 4,5 milhões ao executivo municipal. Em 2017, as despesas da prefeitura com a frota somaram R$ 6,6 milhões.
A prefeitura de São Bernardo segue uma tendência já adotada pela prefeitura de São Paulo, pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Sesi e Senai do Espírito Santo e pelo Serviço Federal de Processamento de Dados de Goiânia e Cuiabá que buscam com estes contratos modernizar a prestação de serviços trazendo soluções tecnológicas e com economia na casa dos milhões.
“Há um forte movimento do setor público de buscar soluções na iniciativa privada que tragam maior governança, transparência e racionalização dos recursos públicos. Estes contratos contribuem para melhorar a eficiência administrativa no transporte de funcionários públicos”, afirma Felipe Feldens, diretor de negócios corporativos da 99.
Segundo estudos conduzidos pela administração do município, atualmente são gastos cerca de R$ 10 por quilômetro rodado pela frota. A contratação da 99 fará essa soma cair para R$ 2,70. Nos cálculos da prefeitura estão inclusos os gastos com manutenção, salários de motoristas e demais custos com os veículos e deslocamentos.
A estimativa é que o serviço comece a ser implantado a partir do dia 1º de agosto e já está sendo feita a comunicação sobre as mudanças aos servidores. Com um conjunto de 88 carros, o objetivo da prefeitura é prosseguir nas ações de economia e respeito ao dinheiro público.
A inovação do novo modelo reside no fato de que a prefeitura efetua economia sem efetuar cortes no quadro de funcionários. De acordo com o modelo, os atuais motoristas da gestão serão remanejados de cargos e os automóveis posteriormente leiloados, possibilitando outra fonte de recursos ao município. A perspectiva é que uma parte dos servidores seja destinada ao transporte escolar e que outra parte dos funcionários seja alocada em outros setores da prefeitura.
O uso do aplicativo atenderá os deslocamentos dos servidores públicos, somente em agendas oficiais e demandas administrativas. Os secretários e presidentes de autarquias não poderão utilizar os novos serviços.
Para o prefeito Orlando Morando a iniciativa é inovadora e atende ao conceito moderno de gestão pública. “Não tem mais cabimento o poder público gerenciar esse tipo de atividade, temos que focar energias nas nossas obrigações. Estamos trazendo um conceito da iniciativa privada, que não usa mais frota própria, e vamos partir para algo inovador”, defendeu.
Na Grande São Paulo, apenas a capital do estado conta com serviço do tipo, que é prestado também pela 99. Na visão de João Sabino, head de negócios para governo da empresa, a mudança no gerenciamento da frota trará muitos benefícios ao município. “Com a entrada de novas tecnologias, estamos economizando recursos públicos para investimento em educação, saúde e outras áreas. É uma mudança na forma de lidar com o dinheiro público, com responsabilidade fiscal”, apontou.
A 99, empresa brasileira de mobilidade urbana fundada em 2012, agora faz parte da DiDi Chuxing. A empresa conecta mais de 300 mil motoristas a 14 milhões de passageiros em mais de 500 cidades no Brasil. Como uma das maiores provedoras de mobilidade do país, a startup oferece três tipos de serviços na sua plataforma: 99Pop, categoria de carros particulares presente em mais de 40 regiões metropolitanas e grandes cidades; 99Taxi, categoria que cobre todo o Brasil, e o 99Top, serviço premium de táxis de luxo oferecido em São Paulo.
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