A América Latina pode se tornar uma das melhores regiões do mundo para o desenvolvimento da mobilidade aérea urbana por meio de eVTOLs e o movimento das empresas líderes do segmento comprova esta tendência.
Nos últimos anos, a EVE, empresa da Embraer, e a Flapper firmaram uma aliança para desenvolver a mobilidade aérea urbana na América Latina. Além disso, a Flapper pretende adquirir até 25 aeronaves eVTOL da EVE.
A Azul assinou um acordo com a Lilium para a aquisição de até 220 aeronaves e a GOL Linhas Aéreas fechou acordo semelhante com a Avolon para adquirir até 250 eVTOLs nos próximos anos.
Na esteira destes movimentos, a Corporación América Airports, operadora de 53 aeroportos em seis países (no Brasil ela opera o BSB – Aeroporto de Brasília), assinou um memorando de entendimento com a Advanced Air Mobility (AAM) para desenvolver, projetar e integrar um ecossistema de serviços e suporte – o que inclui vertiports – para operações de mobilidade aérea urbana (UAM) na América Latina por meio de aeronaves elétricas de decolagem vertical (eVTOL).
A AAM tem como missão ajudar os mercados emergentes de aviação a desenvolver com segurança um sistema de transporte aéreo que mova pessoas e cargas entre locais anteriormente não atendidos ou mal atendidos pela aviação – local, regional, intrarregional, urbano – usando novas aeronaves revolucionárias que só agora estão se tornando possíveis.
De acordo com Stephen Fitzpatrick, CEO da Vertical Aerospace, a cidade de São Paulo tem um perfil ideal para aeronaves eVTOL, assim como a Cidade do México, Lima, Bogotá e Buenos Aires. Todas com alta densidade populacional que estão congestionadas pelo tráfego.
Segundo a Corporación América Airports, os próximos cinco anos serão decisivos para o desenvolvimento da mobilidade aérea urbana em todo o mundo. No entanto, antes que um ecossistema de mobilidade aérea urbana possa se desenvolver plenamente, ele precisa de infraestruturas e operações terrestres, vertiports e a integração de diferentes modos de transporte.
Fonte: Simple Flying