Depois que a Ford anunciou o encerramento de suas atividades na planta de São Bernardo do Campo (SP), muitas foram as especulações em torno dos destinos da fábrica do Taboão, como era conhecida a planta da Ford no ABC.
A última, coloca a gigante chinesa BYD, especializada na produção de veículos elétricos, como possível compradora.
Segundo fontes ligadas ao assunto, o objetivo é investir na fabricação de caminhões elétricos para atender ao mercado brasileiro e aos países vizinhos e, para tal, a BYD precisa ampliar a montagem no Brasil, plano que só será viável com uma nova planta.
A aquisição da unidade da Ford seria uma resposta da BYD ao investimento de R$ 110,8 milhões, anunciado pela Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) no seu e-consórcio, que irá produzir o caminhão elétrico e-Delivery.
A Cervejaria Ambev tem a intenção de utilizar, até 2023, 1.600 caminhões elétricos da VWCO no transporte de bebidas. Com a parceria, cerca de 35% da frota que atende a cervejaria será composta por veículos movidos a energia limpa.
Vale lembrar que alguns dias após a Ford anunciar sua intenção de desativar sua planta no ABC, o governo do Estado entrou em cena, anunciando que sairia em busca de compradores para que a fábrica não fosse fechada, deixando cerca de 3 mil pessoas desempregadas.
No início de setembro, o governador João Doria, reunido com dirigentes da Ford e do grupo Caoa, anunciou um possível acordo entre as partes, contudo, as negociações esfriaram e o presidente do grupo, Carlos Alberto de Oliveira, afirmou recentemente que as negociações continuam, embora a possibilidade de fechar negócio seja remota.
Já a Ford afirma que não fará comentários sobre negociações em andamento nem irá revelar nomes de possíveis compradores da planta de São Bernardo do Campo.
Transporte público
Além dos caminhões elétricos, a BYD, a única fábrica de veículos comerciais elétricos instalada no Brasil, iniciou estudos sobre os possíveis investimentos que terá que fazer para atender a futura demanda de ônibus movidos a energia limpa.
De acordo com Marcelo Schneider, diretor institucional e de relações governamentais da BYD, “a demanda por ônibus elétricos em cidades como Campinas, São Paulo, Salvador e São José dos Campos vai precisar de expansão da fábrica para atender”.
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