Vendas de veículos importados despencam 40,2% – As empresas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) comercializaram, em 2016, 35.852 veículos, total 40,2% inferior às 59.975 unidades vendidas em 2015. As projeções iniciais, anunciadas em janeiro, indicavam 39 mil unidades para o ano de 2016.
“Infelizmente, não conseguimos sequer atingir as vendas projetadas em janeiro de 2016 porque, independente da instabilidade politico/econômica do País, estamos contingenciados pela alíquota extraordinária de 30 pontos percentuais no IPI e limitados à cota com teto máximo de 4.800 unidades/ano sem a sobretaxa”, argumenta José Luiz Gandini, presidente da Abeifa. “A permanecer essa política restritiva ao setor de veículos importados, nossas primeiras projeções para este ano indicam 25 mil unidades, ou seja, teremos de nos restringir às vendas dentro da cota sem os 30 do IPI.”
“No conjunto das marcas associadas à Abeifa, em dezembro último poderíamos ter obtido um resultado melhor. As marcas de volumes mais significativas não puderam nacionalizar seus produtos porque já haviam estourado suas respectivas cotas anuais. E, hoje, vender fora da cota proporcional ou do limite de 4.800 unidades por ano é inviável. Significa ter prejuízos”, argumenta Gandini.
“Por isso, volto a insistir que os nossos pleitos pelo fim dos 30% no IPI precisam ser atendidos, para que possamos recuperar especificamente o setor de veículos importados. Mas, por ora, mantemos o pleito de ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas em 2016. Com esta alteração não há benefícios fiscais, pois as cotas existem e não estão sendo utilizadas por algumas marcas que perderam seu canais de distribuição ou encerraram suas atividades ou até foram descredenciadas do Inovar-Auto, portanto sem qualquer renúncia fiscal”, enfatiza Gandini.
Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o ano com 12.313 veículos emplacados, queda de 69,2% ante as 39.970 unidades (à época, ainda sem a produção da Jaguar Land Rover e também da Mini). A substancial queda se justifica porque, em 2015, era contabilizada a produção do modelo Renegade, da Jeep, à época associada da Abeifa.
Ao considerar somente os veículos importados, a participação das associadas à Abeifa, no total do mercado interno, é de apenas 1,68% no mês de dezembro e, no acumulado do ano, 1,80%. Com os totais somados – importados e produção nacional –, a participação das filiadas à Abeifa no mercado interno é de 2,42% no acumulado do ano.
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