O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) flexibilizou as condições para micro, pequenas e médias empresas comprarem implementos rodoviários no ambiente do Finame. A parcela financiável foi ampliada para até 100% do valor do bem. “Essa medida favorece bastante uma parcela de nosso mercado que é cliente dos produtos do segmento leve (carroceria sobre chassis)”, explica Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
Antes da publicação da circular 43, de 29 de dezembro de 2017, o banco limitava o financiamento a 80% do valor do equipamento, com juros de 7,5% ao ano. O prazo de pagamento dos novos financiamentos será de até dez anos, com carência de até dois anos. “Está clara a postura do BNDES de exercer seu papel histórico de instituição de fomento da indústria”, ressalta Braga.
A circular também substitui a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) pela TLP (Taxa de Longo Prazo) como referencial nos financiamentos. Ela vale para os contratos assinados a partir de 1º de janeiro de 2018. A nova taxa seguirá inicialmente os mesmos patamares da TJLP sendo gradualmente ajustada até se igualar aos juros de mercado em cinco anos.
Outra medida tomada pelo banco em apoio às micro, pequenas e médias empresas foi a prorrogação da linha BNDES Giro até 31 de dezembro de 2018. Essa linha de crédito supre a necessidade de capital de giro das empresas. “Esse suporte é importante porque deverá auxiliar na sustentação das MPMEs duramente atingidas pela crise geral da economia”, diz Mario Rinadl, diretor-executivo da Anfir. O volume de recursos do BNDES Giro é de R$ 32 bilhões, sendo R$ 27 bilhões para operações indiretas e R$ 5 bilhões para operações diretas.
A indústria de implementos rodoviários fechou 2017 com retração de 2,42%, com a comercialização de 60.497 unidades ante 61.996 produtos em igual período de 2016. O setor leve (carroceria sobre chassis) totalizou de janeiro a dezembro de 2017 a entrega ao mercado de 35.569 unidades, contra 38.809 produtos em 2016. Isso representa retração de 8,35%. Já o segmento pesado (reboques e semirreboques) manteve sua espiral de crescimento e fechou o ano com resultado positivo de 7,51%.
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