O Grupo PSA, detentor das marcas Peugeot e Citroen e a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) anunciaram um plano de combinar seus respectivos negócios na forma de uma fusão 50/50.
O acordo de fusão entre a Fiat Chrysler e Peugeot Citroen, que poderá ser fechado nas próximas semanas, criará o quarto maior fabricante global de veículos, atrás da Volkswagen, Aliança Renault e Toyota. Em termos de unidades vendidas a fusão somaria 8,7 milhões de veículos com receitas combinadas de aproximadamente 170 bilhões de euros e lucro operacional recorrente acima de 11 bilhões de euros em uma base agregada simples dos resultados de 2018, excluindo Magneti Marelli e Faurecia.
A empresa controladora do novo grupo, criado com a fusão entre a Fiat Chrysler e Peugeot, será sediada na Holanda e terá John Elkann, atual CEO da FCA, como presidente do conselho e Carlos Tavares, atual diretor-executivo da PSA, como CEO.
A FCA já vinha se movimentando no mercado na procura de novos parceiros para dividir investimentos em novas tecnologias. Sem veículos elétricos e com uma tecnologia que vem sendo ultrapassada pelos concorrentes, a situação da montadora italo-americana é delicada em um cenário que aponta na direção dos veículos híbridos e elétricos.
Sua primeira tentativa de fusão, com a também francesa Renault, esbarrou na resistência do governo francês, detentor de 15% de participação no grupo.
Para a PSA, a fusão pode significar sua reentrada no mercado americano graças às marcas Dodge e Jeep da FCA.
Os principais acionistas da PSA são o Dongfeng Motor Group, da China, a família Peugeot e o banco de investimentos Bpifrance. A FCA, com as marcas Jeep, Ram, Dodge, Alfa Romeo e Maserati, é controlada pela família Agnelli, fundadora da Fiat e que concluiu sua fusão com a Chrysler em 2014.
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