A Colômbia e a Alemanha assinaram em Berlim (em 16/06) um acordo que prevê a cooperação da Fraunhofer Society, uma das líderes mundiais em pesquisa, para analisar a produção de hidrogênio verde e seus derivados para exportação ao país europeu.
No marco da visita do presidente Gustavo Petro à Alemanha, os ministros de Minas e Energia, Irene Vélez, e de Comércio, Indústria e Turismo, Germán Umaña Mendoza, assinaram um memorando de entendimento com a Fraunhofer Society.
O memorando assinado para a avaliação das cadeias de transporte deste combustível destaca que “a Colômbia está traçando o caminho para um ambicioso desenvolvimento do hidrogênio verde que inclui vários Polos Regionais de Hidrogênio e o desenvolvimento da Área Industrial Estratégica de Cartagena como potencial futuro Centro de Hidrogênio em grande escala, graças aos seus excelentes recursos eólicos e solares”.
De acordo com os estudos apresentados em dezembro passado, durante encontro de especialistas dos dois países, a região caribenha da Colômbia pode se tornar uma importante área industrial para o hidrogênio verde e entregar volumes significativos aos mercados local e internacional a preços competitivos.
O ministro do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, Germán Umaña Mendoza, disse que a parceria abriria caminho para novos modelos de negócios baseados no desenvolvimento do agronegócio e biofertilizantes.
“Desde o início deste governo temos proposto a necessidade de repensar o modelo de política de desenvolvimento sustentável através de uma reindustrialização da nossa economia”, afirmou.
Veja também: Hidrogênio nem sempre é a melhor energia renovável
O acordo fez parte de uma visita oficial da Colômbia à capital da Alemanha, que incluiu um encontro entre o presidente do país andino, Gustavo Petro, e o chanceler alemão, Olaf Scholz. Petro afirmou no início da semana que o hidrogênio verde estaria no topo da agenda diplomática.
Economia de hidrogênio
O ministério de minas e energia publicou seu plano de longo prazo para hidrogênio limpo em 2021, delineando ter até 3 GW de capacidade de eletrólise até 2030 e prevendo a adoção em larga escala de veículos com células de combustível.
Além de citar o vasto potencial de produção de hidrogênio verde a partir de fontes renováveis – via eletrólise da água – o roteiro estabelece uma meta de 50 mil toneladas de capacidade de hidrogênio azul derivada do gás natural no mesmo período.
Os investimentos no segmento variam de US$ 2,5 bilhões a US$ 5,5 bilhões, com a expectativa de criação entre 10 e 15 mil empregos. No final de maio, os legisladores colombianos aprovaram preliminarmente um projeto de lei de economia do hidrogênio que cria incentivos em toda a cadeia de valor do setor, incluindo produtos derivados, como matéria-prima para fertilizantes.