O sonho de rodar pelas estradas ou voar sobre os congestionamentos ganhou mais um toque de realidade com a apresentação de um protótipo de carro voador na Draper Univerity, em San Mateo, Califórnia. O protótipo da Alef Aeronautics, batizado de Modelo A, vem equipado com oito hélices que permitem decolagem vertical e quatro motores de cubo de roda que lhe dão autonomia para rodar em ruas e estradas.
Projetado para ter um alcance de condução de 320 quilômetros e uma autonomia de voo de 170 quilômetros, o Modelo A tem previsão de entrar em fabricação a partir de 2025.
A empresa é uma entre tantas que pretendem revolucionar o transporte com aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical com tecnologia de pilotagem autônoma.
Inspirado nos carros voadores de Blade Runner, o Model A tem o tamanho de um sedã, com capacidade para um passageiro que se aloja dentro de uma bolha.
Uma vez no ar, a cabine gira 90 graus para o lado e, à medida que avança, a cabine é suspensa para permanecer nivelada enquanto a estrutura da aeronave se inclina ao seu redor, sendo que um dos lados da carroceria se torna a asa superior e o outro lado sua inferior.
A carroceria/fuselagem é feita como uma malha 3D leve, o que permite que o ar flua suavemente pelo carro.
O Model A deve ter uma carga útil de cerca de 90 quilos, incluindo o passageiro e a bagagem, disse o diretor de engenharia e cofundador da Alef, Constantine Kisly. A maioria dos veículos que trafegam pelas ruas transportam apenas um passageiro, disse Kisly, mas ele também está trabalhando em um projeto para duas pessoas que dobra essa carga útil.
A Alef abriu pré-encomendas de seu carro voador a um preço de US$ 300 mil (R$ 1,59 milhões), com entregas programadas para começar no quarto trimestre de 2025.
O preço proibitivo para a maioria dos mortais tende a ficar mais acessível no futuro, com um plano de longo prazo para uma versão “Model Z” de quatro a seis pessoas até 2035, capaz de percorrer 483 km nas ruas e 354 km pelo ar, ou mais que o dobro com um trem de força de hidrogênio.
