A França pretende deixar de vender veículos a gasolina e a diesel até 2040. O anúncio, feito ontem por Nicolas Hulot, ministro do Ambiente e da Transição Energética da França, é uma medida integrada no plano do governo que luta contra as alterações climáticas.
Nicolas Hulot disse que as montadoras francesas têm projetos que “permitem cumprir este objetivo”.
O ministro anunciou ainda que o executivo decidiu tornar maior a ambição da França, que já não é reduzir em 25%, até 2050, as emissões de dióxido de carbono, mas sim atingir “neutralidade de emissões de carbono”.
Durante o anúncio, Hulot citou a iniciativa da Volvo Cars, que tornou pública sua decisão de decretar o fim dos motores a combustão em seus veículos fabricados a partir de 2019 (veja matéria).
O anúncio coloca a França ao lado de países pioneiros a fixarem esse objetivo – a Suécia e Costa Rica –, frisou.
Quanto ao fim da venda do veículo diesel e gasolina até 2040, Hulot afirmou que o governo francês criará incentivos de transição destinados a pessoas com menos meios para incentivar a substituição de automóveis mais velhos e mais poluentes.
Além desta medida — que visa cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris —, Nicolas Hulot anunciou ainda que, até 2022, a França “irá cessar qualquer produção de energia a partir de carvão”, a principal fonte de emissões de CO2 no planeta. O governo pretende criar mecanismos e contratos de transição para evitar perdas para o setor.
A eficiência energética é, precisamente, outra das apostas do ministro francês: “a eficiência energética é um assunto em que todos ganham”, concluiu.
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