O ritmo das renovações de frotas sinaliza que os transportadores estão olhando com mais otimismo para o cenário econômico e este movimento se reflete no chão de fábrica. A Mercedes-Benz do Brasil, a exemplo de outras montadoras, iniciou um processo de contratação de 600 novos colaboradores temporários para aumentar os seus volumes de produção de caminhões e agregados e se preparar, assim, para a crescente demanda no mercado brasileiro em 2019.
Depois de quatro anos, a montadora volta a produzir com dois turnos em caminhões, tanto em São Bernardo do Campo (SP) quanto em Juiz de Fora (MG), e com três turnos em algumas áreas de agregados (motores, câmbios e eixos).
400 horistas temporários já estão sendo selecionados para ingressar, em janeiro, na produção de caminhões e algumas áreas de agregados na fábrica de São Bernardo do Campo. Entre eles, incluem-se 70 aprendizes do SENAI que serão contratados, sendo 30 deles com deficiência auditiva. Ainda nesse volume de 400, outros 25 colaboradores temporários serão contratados para a fábrica de Juiz de Fora.
Em negociação que contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as outras 200 vagas serão preenchidas em abril de 2019, na fábrica paulista, desde que o mercado de caminhões mantenha a tendência de expansão.
“Estamos contentes com esse movimento de negócios que gera novos empregos. Com essas novas vagas, a Empresa terá criado mais de 1.400 postos de trabalho desde dezembro de 2017 em suas duas fábricas de veículos comerciais”, diz Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina.
De acordo com Schiemer, as renovações de frota dos clientes já começaram a acontecer neste segundo semestre de 2018, motivadas por um ritmo mais forte de vendas e tendem a se acentuar ainda mais em 2019 e nos próximos anos, considerando um ambiente econômico mais favorável.
“As empresas de transporte estão olhando com mais otimismo para o cenário econômico em função do controle de índices como a inflação, taxa de juros e câmbio, além da expectativa pelo crescimento do PIB”, afirma
Outro fator que corrobora com o otimismo é que as vendas de caminhões não estão sendo puxadas apenas por uma atividade, como o agronegócio, por exemplo. Mineração, logística, combustíveis e produtos químicos também integram os setores que buscam a renovação de suas frotas.
A Mercedes acredita que o mercado como um todo deve fechar o ano de 2018 com cerca de 80.000 caminhões e cerca de 14.000 ônibus vendidos no Brasil e espera um crescimento em 2019. “O País segue tendo enorme potencial para o crescimento sustentável, podendo, dessa forma, conquistar a confiança das empresas e atrair mais investimentos e empregos”, conclui Schiemer.
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