O Grupo Renault decidiu criar divisões específicas para modelos elétricos e de combustão, respectivamente, a Ampere e a Power.
A principal novidade no portfólio do Grupo Renault é a criação da Ampere e os planos são ambiciosos: já tem entrada prevista na bolsa para o segundo semestre de 2023.
A Ampere é descrita pelo Grupo Renault como um construtor independente, assim como a Mobilize e será responsável pelo desenvolvimento e produção de modelos 100% elétricos para a Renault.
Antes de 2030 a Renault Ampere deverá contar com uma gama composta por seis modelos, quatro dos quais já não são propriamente novidades: os Renault 4 e 5, o Mégane E-tech Electric, o futuro Scénic Electric e outros dois modelos que ainda não foram revelados.
A Ampere pode ter acabado de nascer, mas vai contar com 10 mil empregados. Destes, 3500 serão engenheiros, metade deles especializados na área do software. O objetivo da Ampere passa por produzir cerca de um milhão de veículos elétricos para a Renault em 2031.
A Qualcomm Technologie pretende investir na jovem empresa. Ao mesmo tempo, a gigante tecnológica quer levar a sua colaboração tecnológica com o Grupo Renault para outro patamar.
Segundo um comunicado divulgado pelo Grupo Renault, a empresa francesa e a Qualcomm Technologies têm “planos para fornecer uma arquitetura centralizada de computação para a próxima geração de veículos definidos por software da Renault”.
A partir de 2026, os veículos Renault utilizarão a plataforma SDV, incluindo as novas gerações do Digital Snapdragon Chassis, concebido para alimentar os novos cockpits Android e tornar a experiência a bordo mais imersiva e pessoal.
Ao mesmo tempo, esta plataforma vai permitir centralizar funções como a conetividade ou os sistemas de assistência ao condutor o que, segundo o Grupo Renault “irá otimizar os custos de hardware e software“.
A divisão Power será responsável pelo desenvolvimento de modelos com motor de combustão interna e híbridos para a Renault, Dacia e ainda para a divisão de modelos comerciais da marca francesa.
Para ajudar a impulsionar esta divisão, a Renault anunciou também um acordo com a chinesa Geely, o que deu origem ao projeto “Horse”. Ou seja, criou uma empresa dedicada à produção de motores de combustão interna. A nova empresa vai empregar 19 mil pessoas e irá contar com 17 unidades de produção de grupos propulsores e cinco centro de investigação e desenvolvimento distribuídos por três continentes.