A Geely, maior montadora privada da China, vai construir sua própria rede de satélites para implantar o que ela chama de “ecossistema inteligente de mobilidade tridimensional”.
Com um investimento da ordem de US $ 326 milhões e previsão de produzir 500 satélites de baixa órbita por ano que darão suporte à transmissão de dados em alta velocidade, navegação precisa e computação em nuvem, a Geely quer oferecer atualizações rápidas por via aérea para seus veículos, bem como “entregar conteúdo” aos seus proprietários.
A parte de navegação da equação pode ser, segundo a montadora, particularmente útil, já que os satélites GPS atuais são precisos apenas em alguns metros, devido às suas órbitas altas. Segundo a Geely, os satélites de baixa órbita podem ter precisão de até um centímetro. “Essa precisão não é apenas importante para carros, mas também será essencial para vôos não tripulados”, disse um porta-voz da empresa.
Se e quando o mundo começar a se encher de carros autônomos, a demanda por conectividade dentro do carro poderá se estender muito além do que é hoje. Ter sua própria rede de satélites para fazer backup dessa demanda pode ser uma vantagem crucial sobre os concorrentes.
A montadora chinesa não está sozinha nesta empreitada, Elon Musk, CEO da Tesla, através de sua outra empresa, a SpaceX, também começou a construir sua rede de satélites Starlink. Musk disse, porém, que no curto prazo não via vantagem em equipar os veículos da Tesla para poder trabalhar com os satélites Starlink porque o hardware necessário seria muito grande no carro, mas admitiu que é algo que acontecerá nos próximos anos.
Conhecida internacionalmente devido a seus investimentos na Daimler e Volvo, a Geely está construindo suas instalações em Taizhou, na província de Zhejiang, onde possui fábricas de automóveis e começará o lançamento de sua rede comercial de satélite de baixa órbita até o final deste ano.
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