As vendas de implementos rodoviários acumuladas do ano mostram que a curva descendente, que vinha se mantendo desde 2014, foi interrompida, sinal que pode indicar o início de uma recuperação.
Os números do período, 55.804 unidades, apontam para uma alta de 53%, comparados com o mesmo período de 2017, quando o mercado absorveu 36.494 produtos
Apesar das vendas de implementos rodoviários crescerem entre janeiro e agosto, na comparação com iguais meses do ano passado, o setor ainda amarga uma queda acentuada, se compararmos os últimos números com os resultados de 10 anos atrás.
No período entre janeiro e agosto de 2008, a indústria de implementos rodoviários entregou ao mercado 88.301 unidades. Esse total é 58% acima do apurado em oito meses desse ano, quando foram emplacados 55.804 produtos. “A crise fez recuar nosso desempenho de tal ordem que levaremos muito tempo para nos recuperarmos”, afirma Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
O segmento pesado, que concentra os reboques
e semirreboques, teve um desempenho bastante expressivo, com alta de 84% no
período, ao passar de 15.290 para 28.133 unidades.
Carrocerias sobre chassis, que formam o segmento leve deste mercado, evoluíram
30,5%, para 27.671 unidades licenciadas.
Já as exportações tiveram queda de 19,5%, considerando o volume registrado
entre janeiro e julho, quando embarcaram 1.756 mil unidades, contra as 2.183
mil de um ano atrás.
Em 2008, a indústria entregou ao mercado 37.971 reboques e semirreboques e 50.330 carroceria sobre chassis. Esse ano, por setor, os volumes são 27.671 e 28.133 respectivamente. “Historicamente em termos de unidades há um volume naturalmente maior no segmento leve. Mas como a economia está reagindo lentamente e sem sinais de aquecimento nas cidades o setor está com desempenho menor”, explica Fabris.
A indústria de implementos rodoviários está diretamente ligada aos demais segmentos da economia. Atualmente, aproximadamente mais de 60% das mercadorias que circulam pelas ruas e estradas do país o fazem a bordo de implementos rodoviários. “Se os negócios estão aquecidos a nossa indústria recebe os benefícios mas quando não, nós sofremos as consequências”, afirma Fabris.
A expectativa da entidade é chegar ao final de 2018 com um total de emplacamentos da ordem de 82 mil unidades entre reboques e semirreboques e carroceria sobre chassis.
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