O Brasil, país que movimentou R$ 4,2 trilhões em cargas no ano passado, ocupa a sexta colocação em um ranking de 57 países em que fazer o transporte de carga é mais perigoso, de acordo com pesquisa realizada este ano pelo comitê de transporte de cargas do Reino Unido – o Join Cargo Committee.
O país só perde para regiões conflagradas e em guerra, como Síria, Líbia, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul.
Enquanto a infraestrutura ideal não chega, o setor logístico tem de buscar novas alternativas para aumentar sua produtividade.
Num momento em que o setor aponta para uma recuperação, o dado é mais um desafio para os transportadores, que precisam contratar segurança privada, investir em tecnologia e aperfeiçoar os processos para fazer as cargas chegarem ao seu destino.
Mesmo com a insegurança, houve avanços para um setor muito afetado pela queda do PIB. Segundo boletim Conjuntura do Transporte/Macroeconomia, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 2017 pode ter sido o melhor ano desde 2011 em termos de expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
A movimentação de cargas no Brasil no ano passado cresceu 50% em relação ao ano anterior segundo dados levantados pela AT&M Tecnologia, empresa credenciada para o processo de averbação eletrônica. No ano passado, as receitas atingiram R$ 4,2 trilhões ante a R$ 2,8 trilhões no ano anterior.
Estimativas apontam que a produção mundial tenha crescido 3,7% e que deve avançar 3,9% em 2018 e 2019. Como consequência, a expectativa é que o volume de bens e serviços negociados no comércio internacional em 2017 aumentaram em 4,7%.
A instituição projeta, também, expansão do PIB dos principais parceiros comerciais do Brasil como a China, Estados Unidos, Argentina, Área do Euro e América Latina e Caribe. Um termômetro para identificar se o mercado responde às projeções da CNT são os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior.
Com mais de 60% das cargas no Brasil transportadas por rodovias, as transportadoras e outros profissionais do setor têm alguns desafios, assim como a falta de infraestrutura do país, que prejudica significativamente a eficiência das operações logísticas.
Segundo o sócio diretor da AT&M, Flademir Lausino de Almeida, a empresa realizou investimentos de mais de 10% do seu faturamento em relação à qualificação de mão de obra, infraestrutura e desenvolvimento de novas tecnologias nos últimos três anos, para garantir a capacidade de processamento e armazenamento dos 40 milhões de documentos que são averbados mensalmente.
Para 2018, a empresa acredita em uma nova fase de expansão, com a conquista de novos clientes em relação aos setores de seguradoras, corretoras, transportadoras e embarcadores. A previsão é crescer em torno de 20% o faturamento, apenas em novos negócios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, além de algumas cidades da região Nordeste.
“Hoje possuímos uma “suíte” com as soluções mais completas para a emissão e gerenciamento de dados do mercado de seguros para o transporte de cargas, gerando informações estratégicas através dos nossos sistemas de “BI” Business Intelligence, para gestão dos negócios das seguradoras, corretoras, transportadores e embarcadores”, destaca Flademir.
Por mês, a AT&M controla mais de 80 milhões de documentos de seguros e possibilitando a troca de informações entre transportadoras, corretores, embarcadores e companhias de seguro. Além disso, atende todos os segmentos da economia para a troca de informações de forma eletrônica e segura, entre fornecedores, clientes, parceiros, empresas e filiais.
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