25 de novembro de 2024

Busscar prepara lançamento de mais dois modelos

Com quase dois meses de atividade industrial e depois de cerca de seis anos desativada, a Busscar – marca que agora é gerida pela Carbuss Indústria Catarinense de Carrocerias – tem hoje cerca de 100 ônibus comercializados, considerando os que estão em produção e os que já estão sendo entregues. Outros 60 veículos foram encomendados, o que representa mais um mês e meio de produção garantida à frente. Essas 100 primeiras unidades foram comercializadas de maneira pulverizada no mercado interno e uma boa parcela, perto de 30%, será exportada.

Vissta Bus 360, exposto na Lat.Bus, já é o carro-chefe da Carbuss

O modelo Vissta Buss 360 já é o carro-chefe da encarroçadora, seguido pelo Vissta Bus 340 e pelo Vissta Buss Double Decker, todos direcionados aos segmentos rodoviário, fretamento e turismo, e a empresa já anuncia o lançamento de dois novos modelos para os próximos meses: o Vissta Bus 400, que pode ser apresentando ao mercado ainda este mês, e o ElBuss 320, um carro para fretamento que deve ser lançado na virada de setembro para outubro. A encarroçadora também tem em seus planos lançar um micro-ônibus executivo, uma versão derivada do micro executivo da Caio Induscar.

A empresa já anuncia o lançamento de dois novos modelos para os próximos meses: o Vissta Bus 400, que pode ser apresentando ao mercado ainda este mês, e o ElBuss 320, um carro para fretamento que deve ser lançado na virada de setembro para outubro.

Maurício Lourenço da Cunha, diretor industrial da Busscar, diz que a administração procura dimensionar a empresa para o volume de vendas. Atualmente são fabricados cerca de dois ônibus por dia; a previsão é chegar a quatro veículos por dia no próximo ano. “Nosso objetivo é entregar qualidade”, afirma. Ele explica que a maior parte da equipe tinha a experiência da antiga Busscar, mas estava há quase seis anos parada. “Tivemos que treinar esse pessoal com os protótipos, agora estão todos saindo com a mesma qualidade, mas com prazos de produção mais longos. O tempo de produção vem gradativamente diminuindo e a qualidade vem sendo construída com menos esforço”, relata.

Dois pontos importantes preservados na nova gestão foram pedidos feitos por antigos clientes da Busscar: “Era uma unanimidade entre todos os clientes de ônibus rodoviário: não mexer na estrutura e nas poltronas, que são de fabricação própria”

Segundo Cunha, a proposta de aquisição feita ao poder judiciário dos ativos da falida Busscar teve como pré-requisito ir antes até a fábrica para checar e confirmar a existência dos projetos de engenharia, da estrutura e dos ferramentais (moldes, ferramentas de estampas etc.) para produção dos novos ônibus. “Se isso não existisse, talvez nem três anos fossem suficientes para começar uma fábrica do zero e para começar do zero não valeria a pena comprar uma fábrica que ficaria três anos fechada. Nós ficamos um ano recompondo a empresa, ajustando layout e revisando maquinário”, conta o executivo. A empresa investiu mais de R$ 100 milhões em adequações de maquinário, atualizações de projetos e design de produtos, modernização do parque fabril e áreas de apoio.

Dois pontos importantes preservados na nova gestão foram pedidos feitos por antigos clientes da Busscar: “Era uma unanimidade entre todos os clientes de ônibus rodoviário: não mexer na estrutura e nas poltronas, que são de fabricação própria”, assinala. Obviamente foram atualizados e modernizados alguns pontos das poltronas, como peças de plástico de acabamento e revestimento, mas foi mantida a essência e a estrutura que tanto agradava ao mercado. A empresa desenvolveu novos fornecedores regionais e retomou antigos fornecedores da Busscar. 

A Carbuss manteve todo o cadastro de clientes da Busscar, logo que a equipe comercial foi formada começaram a visitação aos clientes e os contatos foram intensificados à medida que ficavam prontos os protótipos para apresentação. “O cliente tem que ver o produto para confirmar as expectativas e realizar o pedido”, diz Cunha. A empresa não pretende entrar em uma guerra de preços. “Viemos vender um produto de qualidade pelo melhor preço possível, é o mesmo que fazemos com a Caio”, destaca.

Nesse processo todo, foi relevante o fato de os principais acionistas da Carbuss serem acionistas também da Caio Induscar porque, na avaliação de Cunha, a experiência e a solidez da Caio dão tranquilidade para os clientes. “Isso também ajuda no conhecimento técnico do produto, da empresa, e facilita para reduzirmos o custo dessa retomada e para aproveitarmos sinergias. De um mês para cá, o mercado está vendo que Caio é Busscar e Busscar é Caio e o nosso objetivo é juntar e levar para o cliente o melhor dos dois mundos. Entendemos que atingimos um estado de qualidade muito bom no urbano e é a mesma coisa que vamos levar à Busscar”, enfatiza. Cada empresa continua com a sua engenharia, foi integrada a área de suprimentos para aproveitar a escala que a Caio tem e vai ser integrada a engenharia experimental porque é uma área em que a Busscar sempre muito avançada.

Foi relevante o fato de os principais acionistas da Carbuss serem acionistas também da Caio Induscar porque, na avaliação de Cunha, a experiência e a solidez da Caio dão tranquilidade para os clientes.

O executivo destaca que a Busscar tem clientes fiéis, como a Saritur e a Gontijo, e que vários deles estão ansiosos pela consolidação da retomada da encarroçadora. Uma primeira unidade está para ser entregue à Gontijo, modelo Vissta Buss 360, com chassi Mercedes-Benz de três eixos e 14 metros de comprimento.

“Não temos dúvida de que o retorno da Busscar ao mercado de uma forma consistente é uma questão de tempo, não temos medo e não temos pressa. Chegamos com confiança e com tranquilidade e com trabalho vamos mostrar a que viemos, assim como fizemos na Caio. Fomos devagar, mostrando e melhorando nosso produto, aprimorando o que fazíamos para conquistar e manter nossos clientes”, assinala.

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