31 de outubro de 2024

Citroen Oli encarna o conceito de alcançar “mais com menos”

A fabricante francesa apresentou uma continuação do seu carro-conceito Ami . O novo Oli é uma visão para um elétrico de tamanho familiar, semelhante a um SUV e com a versatilidade de uma minivan com eficiência para o transporte urbano. Ele possui aparência robusta de mini Hummer, uma pequena caçamba, um trem de força totalmente elétrico e muitos componentes e acabamentos desenvolvidos de forma sustentável.

Citroen Oli

“Não é um automóvel, mas sim uma extensão multiusos do quotidiano das nossas vidas, simultaneamente útil quando não está sendo conduzido e também quando está” – é assim que a Citroën apresenta o Oli (lê-se ‘all-ë’), um protótipo que acaba por ser o reflexo de uma linha conceptual da marca francesa, que começou com o Ami.

O objetivo é simplificar a mobilidade urbana, ao transformar o automóvel numa ferramenta de trabalho, flexível e acessível: o Oli quer, assim, “desafiar o status quo, tendo como objetivo uma mobilidade totalmente inteligente, versátil e agradável, para melhorar a vida e os estilos de vida de todo o tipo de pessoas”, justifica a Citroën.

Vincent Cobée, CEO da Citroën, explica por que o momento certo para o Oli é agora: “Três conflitos estão acontecendo simultaneamente na sociedade – o primeiro é o valor e a dependência em relação à mobilidade; o segundo são as restrições econômicas e as incertezas em termos de rendimentos; e o terceiro é nossa vontade crescente de termos um futuro responsável e otimista.  Os consumidores percebem que a era de abundância talvez tenha chegado ao fim e que regulamentações mais rígidas e custos mais altos podem limitar nossa liberdade de circulação.  Ao mesmo tempo, a consciência cada vez maior de que precisamos acelerar nossos esforços para prevenir as mudanças climáticas está aguçando nossa consciência ecológica e nosso discernimento.”

Com linhas mais agressivas que o Ami, e maior, o Oli estreia o novo logotipo da Citroën e é feito com materiais reciclados e recicláveis – pesa mil quilos. A autonomia prevista é de 400 km (o Ami tinha apenas 50) e a velocidade máxima está limitada a 110 km/h.

Segundo a Citroën, o Oli tem um consumo de 10 kWh/100 km e fica carregado com um nível de bateria entre os 29 e os 80% em 23 minutos. A marca francesa diz ainda que este veículo pode devolver eletricidade à rede, a casa ou a acessórios.

Nas rodas, estará uma das principais inovações: a Citroën usa, pela primeira, vez uma versão híbrida em aço/alumínio, com pneus sustentáveis e inteligentes Goodyear Eagle GO, que também são um protótipo, como o próprio Oli.

O interior é caracterizado por um painel linear, um projetor HMI Smartband e um sistema de infotainment inspirado no conceito do Ami, ou seja, nosso smartphone ou tablet servirá como computador de bordo, com o sistema de som opcional. Já os bancos são confortáveis e com o encosto em rede.

Não há previsão de quando começará a ser produzido, mas é provável que possamos ver um veículo mais próximo da versão final para o fim de 2023.

O Oli desafia todo o conceito de automóvel, tal como já tinha acontecido com o pequeno Ami e propõe um regresso ao essencial.  E sempre de forma simples, barata e durável.

O Oli é um autêntico laboratório sobre rodas, que a Citroën descreve como “um manifesto ousado que dá ideias perfeitamente executáveis, focadas na redução de peso e da complexidade, para maximizar a eficiência, a versatilidade e a acessibilidade”.

O Oli diz “basta” à tendência do excesso — de tecnologia, de potência, de autonomia e concentra-se no essencial. Isso faz com que recorra a menos componentes e que a complexidade de todo o projeto seja menor, o que se traduz num custo de aquisição mais baixo e num custo de utilização mais barato.

“Em última análise, mais do que uma escolha de veículo, o Oli é uma escolha de estilo de vida. Você pode optar por pagar pelos equipamentos mais recentes e a inteligência artificial, que você só utiliza durante 2% do seu tempo de condução, ou você pode se perguntar ‘qual é a coisa mais responsável a fazer e de quanto disso eu realmente preciso?’” disse Laurence Hansen, diretora de produto e estratégia da Citroën. “O Oli é uma maneira de dizer basta! Eu quero algo inovador, mas quero que seja simples, com preço acessível, responsável e duradouro.  O Oli é tudo isso, além de levar muito prazer para sua vida!”

Ao recorrer a materiais reciclados e simples o Oli quer aumentar o seu período de vida útil e oferecer menos custos de manutenção, porque na teoria todos os seus componentes podem ser substituídos de forma muito simples e barata.

O custo total de posse será baixo, mas se houver necessidade de substituir uma porta, um farol ou um para-choques, as peças recicladas podem ser fornecidas pela Citroën, de uma forma responsável, oriundas de outras unidades Oli que já não estejam em operação.

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