25 de novembro de 2024

Viação Gato Preto vai operar ônibus Scania movido a gás natural

Começa a circular na próxima segunda-feira, em São Paulo, o ônibus urbano da Scania movido a gás. O veículo, com chassi importado da Suécia e carroceria já produzida no Brasil, pela Marcopolo, tem tecnologia para usar tanto o gás natural veicular (GNV) quanto o biometano. É a primeira vez que esse ônibus vai circular nas mãos de um operador; até então, os testes já realizados em algumas cidades foram sempre geridos pela própria Scania.

A Viação Gato Preto vai operar o veículo até o final de novembro, com GNV, em parceria com a Comgás. O ônibus foi exposto na Transpúblico, que aconteceu esta semana em São Paulo, e já estava adesivado pela Gato Preto e pela SPTrans.

“O operador quis provar na prática para conferir o custo efetivo da operação e a SPTtrans endossou. Então, estamos no último estágio da demonstração do nosso ônibus a gás, que é o operador analisar a situação por seus próprios meios e concluir que estamos falando a verdade sobre as vantagens operacionais desse veículo”, afirmou Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil.

Negócio de 185 rodoviários

Além do foco nos urbanos, a Scania fechou recentemente uma grande venda de 185 ônibus rodoviários para o grupo JCA. Segundo Munhoz, o relacionamento da montadora com a JCA vem de muitos anos, com vendas anuais, mas agora o grupo fez um processo de otimização e redução da idade média da frota e precisou comprar uma quantidade bem maior de veículos.

Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil

Ele conta que a JCA decidiu reduzir o número de chassis 6×2 nas empresas do grupo: 1001, Cometa e Catarinense. Foi feita uma análise e o grupo chegou à conclusão que o chassi rodoviário 8×2, com a carroceria de 15 metros que foi liberada para os rodoviários, é economicamente mais vantajoso que o 6×2. “No outro extremo, eles também chegaram à conclusão que o veículo 4×2 de 14 metros é melhor que o 6×2, e decidiram renovar a maior parte do lote com configurações 8×2 de 15 metros e 4×2 com carroceria de 14 metros. Temos dois bons produtos nesse segmento e um trabalho de relacionamento que vem sendo feito há tempos, o que resultou numa boa venda”, assinalou o executivo.

Ele revelou também que a Scania está tentando uma negociação mais ampla em termos de serviços junto a esse cliente que, revelou ele, centralizou a área de compras, com um comando único nas três empresas.

Desde que foi liberada a carroceria de 15 metros no segmento rodoviário, em agosto do ano passado, a Scania já comercializou cerca de 190 chassis 8×2 para aplicação 15 metros, dos quais mais de 150 já foram entregues e o resto está em produção.

Mercado

Munhoz afirma que no segmento de urbanos o mercado também está positivo para Scania. Este ano foram entregues mais de 50 chassis pesados, metade de 15 metros e metade 4×2 de 12,3 ou de 13,2 metros.

“Estávamos meio fora desse mercado, mas agora estamos voltando para urbanos estruturados (pesados). O pesado de 15 metros começou a se mostrar uma alternativa mais viável do que o articulado de 18 metros porque tem menor custo de aquisição inicial e melhor custo operacional”, afirma.

Na avaliação de Munhoz, o mercado de ônibus deverá encerrar 2017 em torno de 5% abaixo do ano passado, ou com resultado no mesmo nível de 2016.

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