Elon Musk respondeu com um tweet dizendo: “Isso está incorreto”, depois que o Financial Times informou que o presidente-executivo da Twenty-First Century Fox, James Murdoch, era o principal candidato a substituí-lo como presidente da Tesla.
Filho do magnata da
Fox, Rupert Murdoch, James ingressou no conselho da Tesla no ano passado depois
de anos de trabalho com empresas de mídia, não tendo nenhuma experiência no
setor automotivo ou de mobilidade elétrica.
A Tesla tem até
ao próximo dia 13 de novembro para nomear um chairman independente,
conforme ficou acordado com os responsáveis da própria empresa, com Elon Musk e
com as autoridades dos Estados Unidos.
Desde meados de setembro que a Tesla está sob vigilância dos
reguladores. A empresa começou a ser investigada pelo Departamento de
Justiça dos Estados Unidos da América devido às declarações que Elon Musk
fez na rede social Twitter sobre retirar a empresa da bolsa e adiantar que
teria um fundo interessado na compra.
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, que disse que as declarações de Musk sobre a privatização eram fraudulentas, permitiu que o bilionário mantivesse seu papel como CEO, exigindo que ele desistisse de sua presidência.
A Tesla enfrenta problemas ao tentar produzir seu sedan Modelo 3 em grande volume e entregá-lo rapidamente aos clientes em meio a uma crise financeira que preocupa alguns analistas. Musk prometeu que a empresa deficitária será lucrativa e positiva em termos de fluxo de caixa em seus terceiro e quarto trimestres.
Musk é a cara da Tesla, e qualquer presidente teria que lidar com sua personalidade poderosa. Graças à sua visão e carisma, a avaliação da Tesla chegou a superar gigantes como a Ford e a GM, com bilhões em receitas, e a empresa conquistou legiões de fãs, apesar dos repetidos problemas de produção.
As preocupações dos investidores de que o conselho da Tesla estava muito ligado a Musk levaram à adição de dois diretores independentes, incluindo Murdoch, em julho de 2017.
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