A Petrobras anunciou nesta terça-feira (23/07) que concluiu a oferta de vendas de ações correspondentes a 30% da BR Distribuidora, passando a deter 41,25% de seu capital.
A operação, avaliada em R$ 8,6 bilhões, pode chegar a R$ 9,6 bilhões com a venda de um lote suplementar, que tem até o dia 28 de agosto para ser vendido, reduzindo a participação da Petrobras em sua subsidiária de 71,25% para 37,5%.
Com a concretização deste negócio a estatal deixa de ter o controle da BR Distribuidora.
Em 2017 a empresa já havia vendido 28,75% de suas ações na distribuidora, até então 100% estatal, em operação avaliada em cerca de R$ 5 bilhões.
Maior distribuidora de combustíveis do país, a BR está presente em todo o território brasileiro, conta com uma rede com mais de sete mil postos e detém 27,4% de participação no mercado nacional. Seus principais concorrentes no mercado são a Raizen, da Cosan, que opera sob a bandeira da Shell e a Ipiranga do grupo Ultra.
Analistas do mercado avaliam que a BR, sem controle estatal, pode se tornar mais ágil e ter uma melhor governança corporativa.
Aprovada pelo conselho da Petrobras em maio, a venda de sua participação na BR faz parte de um programa de desinvestimento e permitirá à empresa focar seus esforços na exploração do pré-sal.
Essa decisão do conselho validou a venda da transportadora de gás TAG, uma subsidiária da Petrobras, por US$ 8,6 bilhões, para um grupo liderado pela francesa Engie.
Em abril, a Petrobras anunciou que planeja vender oito de suas 13 refinarias no Uruguai e concluiu a venda de sua participação em uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, para a US Chevron, por US$ 467 milhões.
A Petrobras registrou em 2018 seu primeiro lucro líquido anual em cinco anos, de R$ 25,8 bilhões.
No primeiro trimestre de 2019, obteve um lucro líquido de cerca de R$ 4,031 bilhões, uma queda de 42% em relação ao mesmo período de 2018, mas um aumento de 92% em relação ao trimestre anterior.
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