O Grupo BAIC (Beijing Automotive Indústria Holding Co.), de Pequim, comprou uma participação de 5% na Daimler, consolidando seu relacionamento com a montadora alemã. A participação de 5% tem um valor de mercado de cerca de 2,5 bilhões de euros (US$ 2,8 bilhões).
A Daimler e o BAIC mantém uma parceria estratégica desde 2003. As duas empresas têm cooperado na produção, pesquisa e desenvolvimento e na venda de carros de passeio, vans e caminhões.
Em 2013, a Daimler adquiriu uma participação acionária na BAIC Motor, uma subsidiária do BAIC, e atualmente detém 9,55% de suas ações. Desde 2018, a Daimler também detém uma participação de 3,01% na BAIC BluePark New Energy Technology Co. Ltd., fabricante de veículos elétricos para a China.
O alto custo das baterias de carros elétricos tornou difícil para as montadoras construir veículos acessíveis de emissão zero, levando vários deles a fazer alianças com parceiros chineses. Em março, a Daimler concordou em construir a próxima geração de carros inteligentes como EVs na China para os mercados globais, em uma joint venture com a Geely.
A Daimler assegurou ao BAIC que quaisquer novas alianças industriais envolvendo a Mercedes e um parceiro chinês só aconteceriam após um consenso ser encontrado com o BAIC.
A Daimler congratulou-se com o investimento da BAIC. “Estamos muito satisfeitos que nosso parceiro de longa data, a BAIC, seja agora um investidor de longo prazo na Daimler”, disse o CEO Ola Kallenius em comunicado.
Investida chinesa
Em 2018, o bilionário chinês Li Shufu, presidente da Geely, se tornou o maior acionista da Daimler, desbancando a empresa de capital público, a Kuwait Investment Authority, que possui 6,8% das ações do grupo alemão.
O grupo asiático, do qual ele detém a maior parte, é dono da Volvo Cars desde 2009. Li Shufu controla 9,69% da Daimler AG.
O bilionário chinês, o mais rico empresário da indústria automobilística do setor privado da China, com uma fortuna estimada pela Forbes no valor de US $ 17 bilhões, estava planejando se tornar o maior investidor da Daimler através da Geely. As ofertas, no entanto, foram negadas pelo grupo alemão, assim o investimento de Li Shufu teve natureza pessoal.
Agora, o BAIC se torna outro acionista chinês em uma das principais empresas automobilísticas da Alemanha.
A cooperação com marcas ocidentais dá às empresas chinesas credibilidade instantânea, à medida que buscam conquistar mercados como a Europa e os EUA.
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