30 de outubro de 2024

MobizapSP desafia Uber e 99 com preços justos

Em São Paulo, como na maioria das cidades, o Uber e outros aplicativos de carona tornaram-se uma forma comum e inteligente de se locomover. No início, com taxas para motoristas e o custo das corridas para os passageiros em consonância com todos os bolsos, o serviço logo virou uma febre.

Mas, uma vez que os aplicativos gradativamente implementaram custos cada vez mais altos para os motoristas de São Paulo, além do aumento do preço para o usuário, a relação começou a azedar

Com o objetivo de “melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade urbana do cidadão, com foco na facilidade, eficiência, segurança e preço justo”, a cidade de São Paulo lançou seu próprio aplicativo, o MobizapSP.

Sem aumento de preços para passageiros e uma taxa baixa para motoristas, o app público paulistano aplicará uma taxa fixa de 10,95% para o motorista. Os aplicativos comerciais atualmente cobram até 40%.

Antes do lançamento, cerca de 20 mil usuários registraram interesse em usar a plataforma, que está cadastrando e avaliando os motoristas antes de abrir o aplicativo para os passageiros, que também já possui quase que 20 mil motoristas inscritos. A plataforma passará por testes entre os dias 22 e 24 de março para verificar a segurança e usabilidade da plataforma.

mobizapSP

O cadastro no pré-lançamento do MobizapSP é feito a partir de um formulário, que solicita dados básicos dos usuários. Os interessados em utilizar o aplicativo, seja como motorista ou passageiro, devem preencher com nome, e-mail, telefone e selecionar o tipo de perfil (passageiro, motorista ou ambos). Depois disso, basta aguardar a confirmação da Prefeitura de São Paulo para baixar o aplicativo.

Ao contrário do Uber ou do 99, o MobizapSP não depende de investidores nem é movido por resultados trimestrais, permitindo que opere com taxas mais baixas, cumprindo seu papel social dentro do universo da mobilidade urbana.

Ainda não se sabe se as alternativas administradas pelo município conseguem acompanhar o ritmo tecnológico de seus irmãos comerciais, mas a mensagem é clara – quando os inovadores perdem de vista as práticas comerciais justas, principalmente quando se trata de transporte público, o Estado pode entrar na corrida.

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