Com o advento da eletrificação, a chegada das montadoras chinesas BYD e GWM e os números crescentes de emplacamentos de veículos elétricos e eletrificados – a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) registrou um novo recorde mensal de vendas de veículos no mês de agosto, com o emplacamento de 9.351 unidades, 120% maior, na comparação com agosto de 2022, e 25% a mais que julho de 2023 – surge um novo desafio que é a fragmentação dos serviços de recarga.
Com a diversidade de modelos disponíveis e a expansão da infraestrutura – ainda que em ritmo lento – os proprietários de carros elétricos precisam lidar com múltiplos aplicativos para cada estação de carregamento de diferentes marcas ou até mesmo para a localização dos eletropostos. No entanto, desde 2021 o Brasil conta com uma solução para esse cenário, que unifica as necessidades dos usuários em um único serviço: o aplicativo Elev. Em novos testes, a empresa busca trazer uma solução integrada para todo o usuário de carro elétrico no Brasil.
Dados da ABVE apontam que o país possui um total de 3.500 eletropostos públicos e semipúblicos instalados até junho de 2023, de diversas marcas e com aplicativos individuais.
“O momento para os carros elétricos é agora. Nós temos clareza disso e temos certeza que veremos cada vez mais esse cenário com a quantidade de veículos vendidos e, ao mesmo tempo, com a divulgação de modelos 100% elétricos. Hoje basta ligar a televisão para acompanhar que boa parte dos veículos divulgados na mídia são elétricos. Essa deixou de ser uma tendência, é uma realidade”, afirmou Pedro Lopes, sócio-diretor da Elev.
Ele também ressalta que a multiplicação de aplicativos semelhantes para serviços específicos é um padrão observado em diversos setores, como o de streaming de vídeo. Mas destaca que para o carregamento dos carros elétricos isso se torna algo desnecessário e custoso não apenas para os usuários, como para as empresas que fornecem o serviço de recarga.
O aplicativo Elev unifica e mapeia os eletropostos espalhados pelo país, indicando ao usuário qual o posto mais próximo, independente da marca, com avaliações atualizadas sobre o estado do eletroposto.
“Um dos grandes problemas é em relação aos custos do processo. As próprias empresas de instalação de carregadores acabam gastando muito mais do que o necessário para a administração do serviço. Isso torna-se algo custoso, e que gera entraves para o crescimento do segmento”, explica
Ricardo David, também sócio-diretor da Elev, avalia que o momento é propício para a atuação da Elev, já que o mercado de carros elétricos continua a crescer exponencialmente. Algo que ficou ainda mais evidenciado com a chegada da BYD no Brasil, que com o lançamento do seu modelo Dolphin, gerou um efeito dominó de quedas de preços em todo o mercado. Segundo o executivo, a situação atual é similar àquela vivida pelo setor de delivery antes do surgimento de serviços centralizados como o iFood.
“Antes do surgimento de grandes empresas do setor de delivery, com os aplicativos centralizados, nós tínhamos a mesma fragmentação de mercado: cada site ou aplicativo de restaurante oferecia um menu e nenhum restaurante conseguia alcançar todos os consumidores de forma equilibrada, centralizando o serviço. É esse o grande diferencial do nosso aplicativo”, defendeu o executivo.