30 de outubro de 2024

Volvo testa caminhão com células de combustível a hidrogênio

Tecnologia permite gerar eletricidade a bordo e veículos podem alcançar até 1.000 km de autonomia, emitindo apenas vapor de água. A montadora sueca estima comercializar modelos movidos a células de combustível a hidrogênio até o final desta década.

 “Estamos desenvolvendo essa tecnologia há anos e é ótimo ver os primeiros veículos chegando com sucesso à pista de testes. A combinação de caminhões elétricos a bateria e caminhões elétricos a célula de combustível permitirá que nossos clientes eliminem completamente as emissões de CO2 de seus caminhões, independentemente do tipo de operação de transporte,” diz Roger Alm, presidente da Volvo Trucks.


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Os caminhões elétricos à célula de combustível terão uma autonomia comparável a de muitos caminhões a diesel – até 1.000 km – e um tempo de reabastecimento inferior a 15 minutos. As duas células de combustível têm a capacidade de gerar 300 kW de eletricidade a bordo. Os testes com clientes em operações reais começarão em alguns anos.

“Caminhões elétricos movidos a hidrogênio são adequados para longas distâncias e aplicações pesadas e com alta demanda de energia. Eles também podem ser uma opção em países onde as possibilidades de recarga de bateria são ainda limitadas,” diz Roger Alm.

Células de combustível geram sua própria eletricidade a bordo a partir do hidrogênio, ao invés de carregarem de fontes externas. O único subproduto emitido é vapor de água.

Células de combustível Cellcentric

As células de combustível serão fornecidas pela Cellcentric – joint venture entre o Grupo Volvo e a Daimler Truck AG. A Cellcentric construirá uma das maiores instalações da Europa para produção em série de células de combustível, especialmente desenvolvidas para veículos pesados.

A tecnologia de células de combustível ainda está em fase inicial de desenvolvimento e há muitos benefícios, mas com desafios à frente. Um deles é o fornecimento de hidrogênio verde –produzido usando fontes de energia renováveis, como eólica, hidrelétrica e solar –  em larga escala. Outro é a infraestrutura de reabastecimento de veículos pesados, que ainda precisa ser desenvolvida.

“Esperamos que o fornecimento de hidrogênio verde aumente significativamente durante os próximos anos, já que muitas indústrias dependerão dele para reduzir o CO2. No entanto, não podemos esperar mais para descarbonizar o transporte. Então, minha sugestão para todas as empresas que atuam no segmento é começar a jornada com os caminhões elétricos já disponíveis. Em alguns anos, os veículos a células de combustível serão então um complemento importante para rotas mais longas e transportes mais pesados”, finaliza Roger Alm.

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