As companhias de petróleo já se preparam para um futuro sem petróleo bruto. A Royal Dutch Shell anunciou a aquisição da New Motion, uma rede de recarga para veículos elétricos, fundada em 2009, que possui mais de 30 mil estações de carregamento elétrico na Holanda, Alemanha, França e Reino Unido, além de oferecer acesso a outros 50 mil lugares associados.
A entrada da Shell no segmento de mobilidade elétrica ocorre justamente quando as empresas de petróleo buscam diversificar seus portfólios para se manterem relevantes, uma vez que a demanda por novas tecnologias – leia-se eletrificação dos propulsores dos automóveis e veículos comerciais – pressionam o negócio de petróleo.
A New Motion irá instalar pontos de carga rápida na rede de postos da Shell, abrindo um novo horizonte para a petroleira que agora iniciará uma atividade radicalmente diferente.
Reino Unido e França já disseram que proibirão as vendas de veículos alimentados a diesel e a gasolina até 2040, como parte do acordo climático de Paris, assim os executivos da Shell já estão pulando a bordo da tendência do carro elétrico.
No mês passado, o CEO da Shell, Ben van Beurden, comprou um plug-in Mercedes-Benz S500e e a diretora financeira, Jessica Uhl, dirige um carro elétrico BMW i3.
“Todo o movimento para eletrificar a economia, eletrificar a mobilidade em lugares como o noroeste da Europa, nos EUA, mesmo na China, é uma coisa boa”, disse Van Beurden em julho.
A Shell não é a única gigante do petróleo que olha para fora de setor de petróleo e gás. No ano passado a francesa Total comprou um fabricante de bateria industrial por US $ 1 bilhão e possui participação maioritária na SunPower, empresa fabricante de paineis solares.
Por outro lado a BP afirmou recentemente que está em conversação com fabricantes de veículos elétricos para uma parceria que visará oferecer estações de carga em seus postos.
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