A recuperação nas vendas de caminhões neste início de ano – que registrou crescimento de cerca de 56% no acumulado de janeiro e fevereiro, em comparação a igual período do ano passado – impulsionou a venda de implementos rodoviários, elevando o número de emplacamentos de 6.634 no primeiro bimestre de 2017 para 10.687 implementos rodoviários comercializados nos dois primeiros meses de 2018, uma alta de 61%.
“Os reflexos da recuperação da economia estão sendo sentidos no setor, como se previa”, diz Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). “O fim da recessão de dois anos, apontado pelo IBGE, deve melhorar o ânimo geral da economia reforçando ainda mais essa espiral positiva de resultados”, complementa.
O segmento de reboques e semirreboques registrou crescimento de 87,8%. Em dois meses, foram emplacados 5.179 produtos contra 2.753 unidades no primeiro bimestre de 2017. O setor de carroceria sobre chassis distribuiu ao mercado interno 5.517 unidades. No mesmo período de 2017, o segmento entregou 3.881 produtos, o que representa crescimento de 42,15%.
De acordo com o balanço feito por executivos da Anfir, estão surgindo alguns fatores favoráveis à recuperação dos negócios, como o fim da recessão e a circular 43 do Bndes – que ampliou para as micro, pequenas e médias empresas a parcela financiável para aquisição de implementos rodoviários em até 100% do seu valor. “A presença do BNDES como instituição de fomento da indústria é fundamental e essa postura atende ao pleito da Anfir feito ao longo do último ano”, destaca Braga.
Há também a queda da taxa Selic, que provocou a redução da taxa de juros e fez voltar uma modalidade que há tempos não crescia, o CDC. “Trata-se de uma linha de crédito mais objetiva e interessante para as instituições financeiras e sua volta como opção significa, na prática, mais oferta de crédito ao mercado”, conclui Braga.
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