A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou o período de testes do processo de identificação eletrônica dos caminhões no país com o uso do dispositivo TAG.
A ANTT e a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) celebraram um acordo de cooperação técnica, após manifestação de interesse do Grupo Ecorodovias e da ELOG e escolheram o Ecopátio Cubatão, no Estado de São Paulo, como local para o início dos testes. O Ecopátio é um ponto estratégico para os caminhoneiros, pelo alto fluxo de veículos que diariamente se deslocam ao porto de Santos (SP).
TAG
De acordo com resolução da ANTT, a identificação eletrônica dos veículos automotores de cargas inscritos no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) se torna obrigatória mediante instalação da TAG. Atualmente, há registro de mais de um milhão de veículos automotores de cargas no país.
O mecanismo contém uma chave eletrônica que será associada à identificação do veículo e do transportador, na base de dados da ANTT. Assim que as antenas coletarem essa chave no registro de passagem, serão verificados os dados do transportador e do veículo.
É uma tecnologia baseada na comunicação por radiofrequência, processo similar aos sistemas de arrecadação eletrônica implantados nos pedágios.
Nos pontos de registro de passagem, além das antenas, serão instaladas câmeras de leitura eletrônica de caracteres para identificação das placas dos veículos. Tanto a antena como a câmera identificarão os veículos e registrarão a passagem, indicando local e tempo, e o registro será comparado à base de dados da ANTT.
De acordo com a ANTT, as empresas CGMP – Centro de Gestão de Meios de Pagamentos S.A., Conectar, DBTrans, Move Mais, Repom e Roadcard estão aptas a realizar os serviços de fornecimento do dispositivo TAG.
A TAG proporcionará informações reais sobre a movimentação de cargas nas rodovias brasileiras; a origem e o destino das viagens realizadas; e os fretes praticados. Os dados são essenciais para fomento e planejamento de políticas públicas no setor.
Para o transportador, a identificação eletrônica será fundamental para formalizar o mercado; dificultar a clonagem de veículos; comprovar formalmente renda; reduzir tempo de pedágio; otimizar o fluxo e a espera nos portos, como no Porto de Santos; bem como aumentar a competitividade, diante da regularização e fiscalização da atividade.
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