30 de outubro de 2024

Alta dos combustíveis pode impactar em até 0,92% o custo do frete

A partir do reajuste de preço dos combustíveis praticado pela Petrobras desde a última quinta-feira, 20 de abril, o Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (Decope) realizou um estudo para prever o impacto direto no custo operacional dos caminhões.

A análise levou em conta o provável reajuste integralmente repassado de 2,9% na bomba, isto é, cerca de R$ 0,09 por litro, segundo Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística. O cálculo considerou o consumo de combustível de um caminhão trator 4×2 tracionando carreta-furgão de três eixos, com capacidade para 26,2 toneladas de carga.

“A previsão é que o custo tenha um aumento médio de 0,64% (distâncias de 800 km), mas o número pode variar para mais ou para menos, de acordo com a distância percorrida pelo veículo”, explica Neuto Gonçalves. Para quilometragens longas (2,4 mil km), o acréscimo pode chegar a 0,83%.

Ainda de acordo com o estudo, o custo do caminhão pesado poderá sofrer um impacto de 0,11% quando o trajeto for de 50 km, 0,49% em um percurso médio de 400 km e 0,92% quando o deslocamento for muito longo. Deve-se levar em consideração que estes valores foram baseados em carga lotação e, dependendo da operação, a representatividade do combustível varia de 15% a 40%.

Em operações urbanas ou rotas curtas, o combustível pode representar entre 15% e 20% do custo. Em uma operação rodoviária, por exemplo, do agronegócio, na qual são utilizados veículos pesados que percorrem grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40% ou mais.

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