30 de outubro de 2024

Volvo entrega 65 ônibus urbanos para Curitiba

O sistema de transporte público de Curitiba recebeu 65 novos ônibus Volvo para renovação da frota que atende às linhas troncais, alimentadoras e interbairros. Estes ônibus começarão a circular na cidade ainda em maio. Na próxima semana, outros 14 ônibus Volvo serão entregues para o transporte urbano da capital paranaense.

65 ônibus Volvo para Curitiba

O lote de 65 ônibus Volvo para Curitiba foi adquirido por seis empresas que operam o sistema da capital:  Viação Tamandaré (Consórcio Pioneiro), Transporte Coletivo Glória (Consórcio Pontual), Araucária Transporte Coletivo (Consórcio Transbus), Auto Viação Redentor (Consórcio Transbus), Viação Cidade Sorriso (Consórcio Pioneiro) e Expresso Azul (Consórcio Transbus). Das 65 unidades entregues esta semana, 38 têm carrocerias Caio Induscar e 27 receberam carrocerias Marcopolo. O lote é composto por 25 veículos biarticulados (24 carrocerias Caio e três Marcopolo), 24 articulados e 16 convencionais.

Com o fornecimento dos 65 ônibus Volvo para Curitiba , a montadora mantém a liderança no mercado de ônibus da cidade, com cerca de 70% de participação na frota de biarticulados e articulados. A montadora, que este ano comemora 40 anos de produção no Brasil, tem posição cativa nesse mercado; é onde está sua fábrica e Curitiba é a sede da Volvo na América Latina. 

“Para nós é muito importante a entrega desses 65 veículos pesados para o sistema de Curitiba. Mais especial ainda neste ano em que a Volvo faz 40 anos de Brasil. Em 1979 saiu o primeiro veículo de nossa linha de produção, que foi um chassi de ônibus. Nesse período, evoluímos junto com a cidade, desenvolvemos o articulado, o biarticulado, que se tornou referência mundial, e esperamos continuar inovando cada vez mais”, declara Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Buses Latin America. (veja o vídeo abaixo)

Até o final da próxima semana, o sistema curitibano terá recebido 262 novos veículos, de um total de 450 novos carros que fazem parte do pacote de renovação da frota da cidade até 2020, o equivalente a um terço da frota rodante. A renovação começou em novembro de 2017. “O prazo do termo aditivo é final de 2020, mas queremos entregar antes do término do mandato do atual prefeito para não entrarmos em um momento político”, explica Mauricio Gulin, presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) e também da Viação Cidade Sorriso, uma das dez empresas que operam o sistema de transporte público de Curitiba. Os 262 ônibus representam um investimento, feito pelas operadoras, de cerca de R$ 180 milhões.

Gulin estima que, a partir de 2021, a renovação da frota de Curitiba começará a ficar dentro dos parâmetros exigidos na licitação lançada em 2009, com renovação de 10% ao ano e com idade média de cinco anos. Atualmente, a idade média está em torno de 7,8 anos, mas já chegou a quase nove anos. “Ficamos por cerca de quatro anos com 40% do sistema sem renovar frota, dois terços da frota parada”, comenta Gulin.

Uma das preocupações dos empresários que operam o sistema de Curitiba é reverter o movimento de evasão dos passageiros do transporte público. As operadoras perderam perto de 17 milhões de passageiros de 2015 para 2016, outros 19 milhões de usuários de 2016 para 2017 (cerca de 8% do total), e cerca de 3 milhões de pessoas de 2017 para 2018 (em torno de 2% do total). “Dentro do sindicato estamos buscando novas formas para trazer o cliente (passageiro) de volta”, afirma Gulin. Melhorar a qualidade do serviço e dos veículos é uma das maneiras. Atualmente, os ônibus transportam cerca de 1,3 milhão de passageiros por dia na Grande Curitiba.

Em sua avaliação, a principal causa da redução no número de passageiros é o desemprego, que tira o benefício do vale transporte e muita gente deixa de usar o ônibus para trabalhar. Além disso, o sistema ganhou a concorrência de novos modais de transporte como o Uber, bicicletas e patinetes.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que participou da cerimônia de entrega dos ônibus Volvo, disse que a cidade está em busca de soluções mais eficientes para o transporte público e desafiou os operadores e fabricantes de ônibus a apresentar ônibus movidos a energia solar e combustíveis alternativos. “Quero ônibus solares”, conclamou. Ele destacou a importância de reduzir o consumo de óleo diesel e trabalhar com energias limpas e ressaltou que espera que Curitiba seja precursora desses avanços.

Tecnologia para segurança

Todo o lote de 79 ônibus Volvo entregues em Curitiba, nesta e na próxima semana, chegam ao mercado com o sistema de Controle Automático de Velocidade Volvo que, com auxílio do GPS, identifica áreas de risco onde é necessário diminuir a velocidade do veículo. Ou seja, através da conectividade as empresas operadoras podem controlar a velocidade máxima com que esses veículos passam por determinados locais, como escolas, hospitais e dentro de terminais. Em um ano, Curitiba reduziu pela metade as colisões no Corredor Norte do BRT (Bus Rapid Transit).

“Por mais que o motorista queira acelerar ele vai ter um limitador de velocidade. Nós já começamos a coletar dados que nos mostram que depois de um ano temos 50% de redução de acidentes. Essa é a alma da Volvo, a alma da segurança no trânsito”, afirma Fabiano Todeschini. Todos os urbanos e os rodoviários da Volvo saem agora com esse sistema para controlar a velocidade máxima em locais pré-determinados.

O sistema de Controle Automático de Velocidade foi introduzido nos biarticulados Volvo entregues no começo de 2018.

“Houve uma severa redução nas colisões envolvendo os Ligeirões Volvo no último ano. Além da alta tecnologia dos veículos e do serviço de controle automático de velocidade Volvo, fizemos também ações de treinamento de motoristas com foco em direção segura, além de outras medidas para reduzir acidentes”, relata José Travain, gerente de manutenção da Auto Viação Redentor.

Segundo Vinícius Gaensly, gerente de serviços conectados da Volvo Buses, esse recurso permite à empresa personalizar a operação de acordo com a roteirização de cada linha. Se o veículo vai passar por áreas residenciais ou de escolas, por exemplo, automaticamente a aceleração é desativada e a velocidade é ajustada, sem prejudicar a eficiência da operação. O motorista recebe no monitor do painel do veículo um aviso de que o ônibus entrou em uma área de controle de velocidade.

No ano passado, a Volvo aumentou em 114% as vendas no segmento de pesados (ônibus acima de 17 toneladas). No primeiro trimestre deste ano, registrou crescimento de 128% nas entregas de pesados, em comparação a igual período de 2018. No mercado externo, a montadora também tem tido destaque, com vendas para o BRT Transmilênio, em Bogotá, na Colômbia. Até o final deste primeiro semestre, a capital da Colômbia deverá começar a receber as primeiras unidades de um lote de 700 ônibus Volvo. Foi o maior negócio fechado pela marca em sistemas BRT na última década. “Para atender a todos esses pedidos dobramos a produção de chassis em nossa fábrica de Curitiba. Estamos trabalhando com capacidade máxima em um turno, fato inédito nos anos recentes”, destaca Fabiano Todeschini.

Além deste fornecimento da Volvo, as montadoras Scania e Mercedes-Benz também entregaram grandes lotes de ônibus neste início de ano para renovação da frota do sistema de transporte público de Curitiba.  

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