24 de novembro de 2024

Empresas organizam caronas corporativas para quem não pode fazer home office

A ordem é ficar em casa para evitar a contaminação por Coronavírus, mas muitas pessoas que, obrigatoriamente, continuam a se deslocar diariamente para o trabalho procuram evitar o transporte público para minimizar os riscos de contrair a Covid-19. Esse cenário acabou sendo favorável aos negócios da plataforma de caronas corporativas Bynd, que registrou um aumento de 15% no volume de procura pela solução desde a última segunda-feira (23/03).

Empresas cujo perfil de atividade não permite o trabalho em home office optaram por implantar esse sistema interno de caronas como uma alternativa para seus funcionários e pelo menos três novos contratos foram fechados nesse período. A plataforma Bynd funciona como um aplicativo, que conecta os colaboradores com a oferta de rotas comuns a funcionários da mesma empresa. Eles podem compartilhar seus trajetos em uma rede segura e dividir assentos vagos em veículos que já iriam, de qualquer maneira, circular pela cidade.

Na avaliação de Leonardo Liborio, COO da empresa, o aumento da procura por caronas corporativas deve-se à dificuldade de aplicar o home office em alguns casos. “Acho importante reforçar que Bynd não está estimulando caronas nesse momento. Posto isso, as empresas cujas atividades não consigam parar totalmente estão avaliando alternativas de transporte e consideram a carona como uma possibilidade mais segura no momento. Trata-se de uma mudança de cultura e avaliação de novos cenários. Assim como a adaptação ao trabalho home office, carona é uma outra forma de se deslocar com menor exposição neste momento. Nessa situação, para evitar que seus profissionais utilizem transporte público, as empresas estão buscando a carona corporativa”, explica.

Para quem oferece ou pega carona, a empresa reforça orientações de segurança, como trafegar de janela aberta; usar álcool em gel para desinfetar mãos e antebraços; evitar apertos de mãos, beijos ou abraços; e, no caso de tosse, proteger a boca com o antebraço. Além disso, a recomendação para quem estiver com algum sintoma é de não oferecer ou pegar caronas.

Liborio acrescenta que o Bynd vai seguir operando durante a crise, para atender às empresas que precisam dessa alternativa, mas ele reforça que a melhor maneira de se prevenir do Coronavírus é não sair de casa. “Nosso apelo é que as empresas sigam todas as recomendações do Ministério da Saúde, estimulem o trabalho em home office e que todos os colaboradores fiquem em suas casas. Se você não faz parte do grupo de risco, não tem problema: faça isso por seus entes queridos, amigos, colegas de trabalho e colegas de carona”, afirma.

A plataforma de caronas corporativas Bynd foi criada em 2016, focada em empresas com mais de 250 funcionários. Atualmente, atende a 17 grandes clientes, entre eles Bradesco, Tegma, Cidade Center Norte, Schneider Electric, Coca-Cola, Sanofi, Unilever Valinhos e Caixa Seguradora. A empresa tem registro de mais de 25 mil usuários, intermediando mais de 235 mil caronas. Segundo cálculos da própria gestora, isso representa uma redução de 330 toneladas de CO2 emitido na atmosfera.

 “A tecnologia está aí para isso: conectar pessoas dispostas a mudarem seus comportamentos e a resolverem problemas complexos, como o trânsito e todo o stress que ele nos gera. O Bynd se orgulha em fazer parte desse movimento tão importante para o nosso País”, diz um comunicado emitido pela gestora do Bynd.

Em agosto de 2019, a empresa foi selecionada para o programa de aceleração do Facebook e Artemisia dentro da Estação Hack. Em setembro passado, o Bynd recebeu R$ 1,2 milhão em investimentos por meio da plataforma EqSeed. O Bynd foi fundado por Gustavo Gracitelli (CEO), Leonardo Liborio (COO) e Abraão Barros (CTO).

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