As ideias inovadoras para o transporte – quer seja ele de carga ou passageiros – continuam a pipocar pelo mundo. As propostas vão de conceitos futuristas com aplicações práticas duvidosas até soluções simples mas, de tão inovadoras e disruptivas, chegamos a indagar: porque não pensei nisso antes?”
O conceito do Link&Fly, da Akka Technologies, poderia estar no primeiro grupo, das ideias duvidosas mas, com o avanço tecnológico que presenciamos hoje, não dá para apostar.
Maurice Ricci, CEO da Akka, tem uma visão única para o futuro dos aviões, e isso tem muito em comum com o futuro dos trens.
A ideia combina os dois modos de transporte, criando um plano de viagem aérea para passageiros e cargas.
Com suas asas fixas, a nave não parece ser diferente dos aviões. A principal diferença é que as asas estão separadas do corpo cilíndrico do avião. Os passageiros ou a carga embarcam e desembarcam em estações, como terminais de trem.
O avião pousa na pista, desconecta o corpo, se transforma em um trem e rola por trilhos para deixá-lo em sua estação local. Segundo a empresa, o novo design de aeronave pode acelerar o volume de negócios nos aeroportos e fazer embarques mais fáceis e mais perto das casas dos passageiros.
“Depois dos veículos elétricos e autônomos, a próxima grande perturbação será em aviões”, afirmou Ricci em uma entrevista em Paris.
Semelhante ao jato A320 da Airbus no tamanho e no uso, o Link & Fly pode levar 162 passageiros e os assentos podem ser removidos para transportar carga. Com as asas presas, os motores fixados no topo, o projeto tem envergadura de 49 metros, 34 metros de comprimento e 8 metros de altura.
A empresa, sediada em Paris, espera que o conceito interesse a um cliente aeronáutico nos EUA. Ricci espera que a aquisição seja concluída de três a seis meses.
“Os aviões precisam se tornar mais eficientes, menos poluentes e menos barulhentos”, disse Ricci. “Nosso papel é apontar aos nossos clientes as tecnologias do futuro”.
Apesar de aparentemente desconhecida, a Akka é uma empresa que vem crescendo e se interessa por tecnologias de transporte inovadoras há mais de uma década.
Já em 2008, uma época em que a ideia estava começando a parecer viável, a empresa desenvolveu um conceito de carro autônomo e, em 2014, fez uma parceria com a Dassault Sistemas para oferecer serviços para montadoras.
A Akka, que tem um valor de 1,1 bilhões de euros (US $ 1,3 bilhões) e cujo acionista maior é Ricci, emprega engenheiros que os clientes podem contratar com base em projeto como consultores.
Em março a Akka fez uma parceria com a Microsoft e a ICONIQ MOTORS para projetar um carro capaz de autonomia Nível 5 até 2020. Poucos meses depois, adquiriu a PDS Tech, uma agência de pessoal que conecta grandes nomes da indústria aeroespacial com engenharia e P & D. Entre os grandes nomes está a Boeing.
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