A produção da indústria automobilística chegou a 700 mil unidades no primeiro trimestre, muito perto da média de 718 mil unidades produzidas nos últimos dez anos. Se mantiver esse ritmo, o Brasil voltará a superar a marca de 3 milhões e recuperará o posto entre os oito maiores produtores do mundo.
Todo esse desempenho só é possível em razão das exportações. Com um crescimento de 3,3% nos três primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado, as vendas externas somaram 180,2 mil veículos vendidas, principalmente para países vizinhos, com a Argentina à frente.
Projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que o país venda ao exterior este ano 800 mil unidades, um recorde que representará crescimento de 5% sobre os 762 mil veículos vendidos ao exterior em 2017.
No apontamento da Anfavea, os veículos pesados vão puxar o crescimento das vendas aos mercados externo. A projeção é de uma alta de 12,8%, o que representará mais dividendos para o Brasil.
No primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, os valores das exportações já subiram 22,3%, somando US$ 4 bilhões. Isso se deve a vendas de veículos de maior valor agregado, além das sofisticadas e caras máquinas agrícolas.
A Mercedes-Benz é uma das empresas que comprovam o prognóstico da Anfavea. A montadora aumentou em 37% as vendas para o mercado externo, com 2.134 unidades comercializadas entre janeiro e março, ante as 1.555 unidades exportadas no mesmo período do ano passado.
A Argentina é a que mais adquiriu caminhões Mercedes-Benz em 2018. Foram embarcadas 1.372 unidades ao país vizinho nos três primeiros meses do ano, volume praticamente idêntico ao do mesmo período de 2017.
As vendas para o Peru ganham importante destaque, com 482 caminhões exportados, o que significa um aumento de cerca de 570% em relação ao volume do primeiro trimestre do ano passado. O Chile vem a seguir, com 186 unidades, 390% a mais do que no ano passado.
“Os resultados de exportação estão superando nossas expectativas. Aliás, não é só para o mercado latino-americano que estamos vendendo caminhões. Exportamos também para países do Oriente Médio e Norte da África”, afirma Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina. “Estamos avançando bastante as nossas vendas para outros países. Para se ter uma ideia, a representação da exportação na produção da Empresa saltou de 10% em 2014 para 40% em 2017”.
A Mercedes-Benz do Brasil tem aumentado de forma significativa as exportações de caminhões nos últimos anos. Em 2017, a marca avançou 25% nas vendas desse segmento para o mercado externo, que passaram de 6.382 unidades em 2016 para 7.986 veículos no ano seguinte.
A Mercedes-Benz do Brasil vende caminhões para cerca de 50 países de vários continentes. No primeiro trimestre de 2018, além dos 2.134 caminhões, a empresa também exportou 1.239 ônibus. No total, são 3.373 veículos comerciais vendidos ao mercado externo, o que representa cerca de 12% de crescimento sobre as 3.021 unidades de 2017.
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