30 de outubro de 2024

Caminhões surpreendem fabricantes no primeiro bimestre

O mercado e a produção de caminhões voltaram a surpreender no primeiro bimestre, indicando sim que o Brasil terá um crescimento mais vigoroso do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de veículos pesados cresceram 54,7% nos dois primeiros meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, com o emplacamento de 8.601 unidades.

Já a produção saltou de caminhões subiu de 9.796 veículos para 14.475, uma alta de 47,8% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2017.

‘É uma alta realmente surpreendente, mostramos que retomamos uma trajetória mais vigorosa de crescimento econômico”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale. “Venda de caminhão em alta é sempre retomada do progresso.”

Apesar de todo esse boom, o presidente da Anfavea diz que a ociosidade ainda continuara alta este ano: deverá cair de 80% para 70%.

Em automóveis e comerciais leves, o ano também apresenta dados positivos. Ao ritmo de venda de 9.000 unidades diárias em fevereiro, as vendas subiram 19,5% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Em produção, o crescimento foi de 15% nos dois primeiros meses de 2018.

Fevereiro registrou recorde em volume de valores com as exportações. Com um total de US$ 2.513 bilhões, o faturamento aumentou 24,8% em relação a fevereiro de 2017. “É mais um feito inédito na indústria, que está retomando sua força”, disse Magale.

Só que a montadoras estão com um grande problema em relação às exportações. Os governos estaduais não estão repassando aos fabricantes  o percentual que é recolhido de ICMS o percentual que é recolhido na Fonte.

“São bilhões retidos por governos estaduais que pertencem aos fabricantes de veículos”, gritou Megale. ” Se as montadoras tiverem que declarar isso como prejuízo, será um.desestimulo as exportações” afirmou.

Megale disse que a Anfavea está em negociações com governos onde há a produção de veículos, principalmente em São Paulo. Ele não descarta uma judicialização da questão caso não haja um acordo, que atualmente está difícil em razão da sucessão estadual por conta das eleições.

Emprego

Por mais que a produção e as vendas estejam em crescimento, Megale diz que o emprego terá um baixo crescimento este ano. A tendência é que trabalhadores que ainda estejam em planos de preservação do emprego (lat off e PPE) não fiquem mais em casa. “O que temos visto é que o emprego só cresce quando as montadoras abrem um novo turno de produção”

 

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