A operadora de bicicletas compartilhadas Tembici anunciou a criação do Tembici Labs, um centro de pesquisa de novas tecnologias além de apresentar as novas bicicletas e estações desenvolvidas no novo laboratório de mobilidade.
A iniciativa pretende desenvolver sistemas de mobilidade ativa compartilhada, considerando toda a tecnologia para operação, produção nacional de bicicletas inteligentes e estações em larga escala e todos dispositivos e comunicações necessárias para quem utiliza o sistema antes, durante e depois de seus deslocamentos.
A Tembici lançou também uma série de soluções que visão ampliar sua engenharia operacional e tecnológica. Entre elas, bicicletas elétricas produzidas no Brasil
A expectativa é que a produção nacional possibilite um aumento significativo da capacidade de a empresa colocar mais bicicletas compartilhadas nas ruas e expandir o sistema para novas cidades.
A empresa espera que a produção nacional contribuirá para o desenvolvimento da economia local e reduzirá as emissões de carbono escopo 3 (emissões indiretas ligadas às atividades de uma organização, mas que não são controladas por ela).
As bicicletas elétricas foram desenvolvidas levando em conta as visões de ativistas e usuários de bicicletas, que possibilitou definir o melhor modelo possível e que fosse ideal para todos os desafios da mobilidade urbana. Durante os testes, as bicicletas rodaram milhares de quilômetros, com usuários selecionados, até serem definidos os ajustes finais do modelo de bicicleta elétrica.
As bicicletas elétricas possuem pedal assistido com bateria com uma autonomia de cem quilômetros.
As novidades da bike elétrica são as correias, que substituem as correntes, eliminando a utilização de óleo lubrificante e suas rodas sem aros, substituídos por um raio rígido reforçado.
Outros detalhes que chamam a atenção é a ausência de câmara de ar, evitando assim a interrupção de viagens por pneu furado e o laser lateral que sinaliza a distância que os veículos terão que manter em relação à bicicleta.
A criação do Tembici Labs foi parcialmente financiada pelo BNDES (R$160 milhões, metade deles do Fundo Clima), que foi a primeira operação para o setor de micromobilidade feita pelo banco.
O centro de inovação e tecnologia terá capacidade de criar e operar sistemas de micromobilidade compartilhada do início ao fim.
Inicialmente, a empresa espera implementar o novo modelo na cidade de Belo Horizonte, ainda em setembro. Quando completo, o projeto na capital mineira contará com 500 bicicletas elétricas e 50 estações, formando um sistema completo de mobilidade sustentável, com engenharia operacional e tecnológica.