5 de outubro de 2024

Antes da eletrificação, Mazda aposta na ignição por compressão

skyactiv-x

A Mazda confirmou nesta semana o lançamento do primeiro motor do mundo a usar ignição por compressão, na qual a mistura de combustível e ar explode espontaneamente quando comprimido pelo pistão, tal qual os sistemas a Diesel onde a ignição do combustível ocorre naturalmente pela altíssima compressão da mistura ar-combustível dentro do cilindro.

Várias montadoras, que trabalharam nisso por muito tempo, abandonaram suas pesquisas em favor da eletrificação. A Mazda, com orçamentos apertados em P&D, queimou seus últimos cartuchos antes dos motores a combustão se tornarem obsoletos. A estreia dos novos motores está prevista para acontecer em 2019.

 

Novo motor Skyactiv-X deve estrear em 2019, equipando o Mazda 3

A montadora pretende com esta nova geração de motores, tornar seus propulsores a gasolina mais eficientes, equiparando-os até aos elétricos.

O novo motor é descrito por alguns especialistas como o “santo graal” da tecnologia dos propulsores. O SKYACTIV-X usa o sistema HCCI (Homogenous Charge Compression Ignition,)  que une o melhor dos motores  Otto e dos Diesel. No primeiro caso, as baixas emissões de poluentes. No segundo, o baixo consumo de combustível e o torque alto. Na verdade a montadora usa a terminologia Spark Controlled Compression Ignition (SPCCI), algo como ignição controlada por faísca e compressão.

Segundo a montadora japonesa o novo motor permite excepcional desempenho ambiental, maior potência e economia de combustível. Os novos motores serão até 30% mais eficientes que os atuais, com emissões de NOx também 30% menores. Isso representaria consumo igual ou menor que o de motores diesel. Por outro lado, o torque dos SKYACTIV-X ficaria entre 10 e 30% mais elevado.

Próximos passos

A montadora tem com objetivo reduzir em 50% as emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar uma redução de 90% até 2050, priorizando melhorias de eficiência e medidas para emissões mais limpas.

Assim, seus esforços para aperfeiçoar o motor de combustão interna, que segundo ela ainda estará presente na maioria dos carros em todo o mundo por muitos anos, pode contribuir de forma significativa para reduzir as emissões de dióxido de carbono e combinar estes resultados com tecnologias efetivas de eletrificação.

A Mazda já havia anunciado sua união com a Toyota para produzir automóveis nos Estados Unidos. As duas fabricantes japonesas vão construir uma unidade de produção em solo americano e desenvolver, em conjunto, tecnologias relacionadas com veículos elétricos, carros autônomos e conectividade.

 

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