A multinacional Wärtsilä, de origem filandesa, especializada em tecnologias avançadas para mercados marítimos e de geração de energia, assinou com a Petrocity, controladora do novo porto a ser construído na cidade de São Mateus, no Espírito Santo, o primeiro acordo no Brasil para o desenvolvimento de rebocadores portuários com propulsão híbrida com uso de baterias.
O principal objetivo é maximizar a sustentabilidade operacional ecológica das embarcações, uma vez que as demandas ambientais do novo porto estão alinhadas com os mais rigorosos requisitos em vigor no mundo.
Os novos rebocadores, conhecidos como Wärtsilä HYTug, priorizam a sustentabilidade e a eficiência operacional. Com baixíssimos níveis de emissões de gases como: NOx, SOx, e CO2, o projeto de 70 toneladas de tração estática contará com motores e propulsores de alta eficiência energética, associados às baterias que armazenam e distribuem energia à propulsão, gerenciados por um sistema que otimiza o consumo de combustível e reduz drasticamente os custos de manutenção.
Ao operar no modo sustentável, não há fumaça visível do Wärtsilä HYTug, uma vez que toda potência vem das baterias, com a embarcação operando no modo elétrico.
A eficiência deste novo projeto oferece ainda total controle sobre a potência fornecida e manobrabilidade na operação do rebocador, além de notável redução na poluição sonora. O Wärtsilä HYTug foi otimizado para baixa resistência ao avanço, alta capacidade de reboque e assistência aos navios, comportamento no mar, conforto e segurança da tripulação.
Para a Petrocity, o novo projeto de rebocadores está alinhado com a filosofia e os valores corporativos da empresa, representando uma “Operação Verde” em seu novo porto a ser construído.
“Está será a primeira solução de muitas, dentro de um projeto grandioso de logística portuária, que visa, além da integração regional, o envolvimento dos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, a garantia definitiva da interiorização da economia no norte do Espírito Santo”, afirma José Roberto Barbosa, diretor geral da Petrocity.
“Os rebocadores híbridos irão mudar o cenário do mercado de apoio portuário, pois o uso de baterias aumenta significativamente a eficiência e sustentabilidade ambiental, reduzindo muito os custos operacionais. Esperamos outros projetos como esse num futuro bem próximo”, afirma o gerente de vendas de Marine Solutions da Wärtsilä, Mário Barbosa.
Como os rebocadores normalmente operam em ou próximos à portos e áreas povoadas, eles são particularmente afetados por considerações ambientais. Por isso, a necessidade de conformidade regulamentar é uma preocupação cada vez maior para os proprietários e operadores em todo o mundo.
Porto de São Mateus
O porto de São Mateus, a ser instalado em Urussuquara, São Mateus (ES), tem previsão de ter suas obras iniciadas até o fim deste ano, segundo José Roberto Barbosa, diretor-geral da PetroCity, controladora do novo porto.
De acordo com José Roberto, a construção do terminal portuário consumirá um investimento total de R$ 1,34 bilhões e ira gerar cerca de 2 mil empregos.
Após as obras, que terão duração de 18 meses, serão criadas 1,5 mil vagas para operação do Porto, entre empregos diretos e indiretos.
Atualmente, o porto está em fase de licenciamento ambiental, fase intermediária de projetos básicos e concluindo o projeto executivo. A ideia é que as licenças necessárias sejam emitidas no primeiro semestre de 2018. Com isso, a construção seria concluída no final de 2020 e o início das operações ficaria para 2021.
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