A Renault e a Nissan mantiveram conversações que permitirão à Renault reduzir sua participação na montadora japonesa e ajudar a empresa francesa a retomar as discussões sobre acordo com a FCA, informou o The Wall Street Journal.
Os lados estão estudando planos sob os quais a Renault cortaria sua participação de 43,4 por cento na Nissan, uma medida destinada a reequilibrar sua aliança global, segundo o jornal, citando e-mails internos e pessoas informadas sobre as negociações. Qualquer redução da participação precisaria da aprovação da França, que possui 15% da Renault.
Uma porta-voz da Nissan se recusou a comentar o relatório. Representantes da Renault e do governo francês não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
As negociações de fusões entre a FCA e a Renault fracassaram em junho, quando a FCA abandonou o negócio. A montadora francesa afirmou na ocasião que “via a oportunidade como uma lógica industrial convincente e grande mérito financeiro, e que resultaria em uma central global de automóveis baseada na Europa”.
A Nissan também se pronunciou na época, informando que não se oporia à uma possível fusão da FCA-Renault . Porém, “muitos detalhes precisam ser trabalhados” antes que a montadora japonesa solidificasse sua posição sobre o assunto.
“Primeiro quero ver as boas oportunidades que ela proporcionará [para a atual aliança]”, disse naquele momento, o presidente e CEO da Nissan, Hiroto Saikawa. “Então quero ver o impacto que isso terá e confirmar os benefícios da Nissan”, concluiu Saikawa.
Conversas para modificar a estrutura da aliança – que estão em um estágio inicial – começaram depois que o acordo Renault-FCA entrou em colapso, segundo o jornal. Eles podem levar a um memorando de entendimento inicial sobre a reestruturação, em setembro, disse o jornal, citando e-mails.
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