Há dois anos, a Smart Tire Company, empresa com sede em Ohio (EUA), estava desenvolvendo pneus para bicicletas sem ar e com memória de forma e, passado este tempo, parece que finalmente os resultados apareceram e os pneus já estão disponíveis para compra.
Batizados com o nome de Metl, os pneus que nunca furam foram criados em parceria com a NASA, que já havia aplicado a mesma tecnologia nos pneus de seus veículos rover planetários. afinal, seria muito difícil consertar um pneu furado na superfície da Lua ou Marte.
Na verdade eles não estão literalmente sem ar. Eles são ocos – portanto, contêm ar – esse ar simplesmente não é pressurizado, nem é necessário para que o pneu mantenha sua forma.
No coração de cada pneu da NASA está uma mola que percorre todo o pneu. Essa mola é feita de uma liga de níquel-titânio com memória de forma conhecida como NiTinol, que é descrita como sendo forte como o titânio, mas também elástica como a borracha.
É importante ressaltar que quando o NiTinol é colocado sob pressão, ele inicialmente se deforma, mas depois volta à sua forma original. Essa característica permite que o pneu da NASA se comprima e se recupere suavemente, proporcionando um passeio suave como um pneu pneumático.
A mola é envolta em um material de poliborracha que forma as paredes laterais transparentes do pneu e a banda de rodagem substituível. Segundo a empresa, essa configuração incorpora apenas metade da borracha de um pneu normal. Além disso, embora a banda de rodagem possa ter que ser substituída aproximadamente entre 8 mil e 12,8 mil km, o pneu principal deve durar toda a vida útil da bicicleta.
Para esta introdução comercial da tecnologia, a Smart Tire Company está oferecendo um pneu de estrada/cascalho nas opções de tamanho 700 x 32c, 35c e 38c. O modelo 35c pesa 450 gramas, o que está no meio da faixa de peso de pneus comparáveis.
Embora esta primeira versão do pneu tenha firmeza fixa, os modelos futuros poderão permitir que os usuários aumentem a firmeza bombeando mais ar. Portanto, eles serão semipneumáticos, mas nunca ficarão completamente planos.
Admitindo a hipótese de que os pneus Metl cheguem à um produção em escala, estima-se em cerca de US$ 500 (R$ 2,5 mil) o par – recauchutá-los deve custar cerca de R$ 50,00. Rodados completos de alumínio ou fibra de carbono revestidos com pneu da NASA também estão disponíveis por US$ 1.300 e US$ 2.300 (R$ 6,6 mil e R$ 11,6), respectivamente. Os potenciais compradores terão que esperar até junho de 2024 para “degustar” seus pneus.