O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) disponibilizou em seu site a calculadora PlanFrota, que indica as emissões de poluentes pela utilização de ônibus na cidade de São Paulo. Inicialmente, a ferramenta foi desenvolvida para a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa pública responsável pela gestão do transporte por ônibus na capital, verificar os planos de renovação de frota e de redução de emissões que as empresas operadoras deveriam submeter em janeiro deste ano, conforme regras presentes nos contratos de concessão e na Lei Municipal 16.802 de 2018.
“A PlanFrota é dedicada à São Paulo, mas suas funcionalidades, bem como sua metodologia, podem ser aplicadas em outras cidades que também tenham o objetivo de quantificar e planejar a redução das emissões provenientes de frotas de ônibus urbanos”, explica Felipe Barcellos, pesquisador do IEMA.
Assim, a ferramenta pode ser utilizada pelo poder público para determinar e gerenciar políticas em direção à mobilidade urbana de baixas emissões; pelas concessionárias em seus planos de renovação de frota e pela sociedade civil para propor soluções e verificar o cumprimento de políticas públicas.
Nessa versão, disponibilizada ao público em geral, é possível inserir dados de frota e de quilometragem referentes a 2016 (ano de referência para o cálculo de redução de emissões), permitindo a simulação de cenários abertos de acordo com o desejo do usuário. “O transporte público por ônibus é parte da solução contra esses problemas das metrópoles brasileiras”, ressalta André Ferreira, diretor-presidente do IEMA.
A PlanFrota permite verificar a efetividade de planos de renovação de frotas em direção ao cumprimento gradual desses objetivos conforme metas anuais de redução de emissões estipuladas pela SPTrans em seus contratos de concessão, com vistas ao cumprimento da lei.
Como funciona a calculadora
Na PlanFrota, o usuário escolhe o perfil de frota de ônibus para cálculo das emissões especificando tecnologia, combustível, uso de ar-condicionado e porte de cada veículo para os anos de 2019 a 2038. Como cada tecnologia empregada nos ônibus e combustíveis usados emitem diferentes poluentes de maneira mais ou menos intensa, a ferramenta avalia o impacto do uso dessas distintas tecnologias veiculares nas emissões da cidade.
A partir dessas informações, a ferramenta projeta e apresenta automaticamente qual será a redução anual de dióxido de carbono (CO2) – gás de efeito estufa atrelado ao aquecimento global – e de material particulado (MP) e de óxidos de nitrogênio (NOx), ambos poluentes que fazem mal à saúde. Segundo a lei paulistana, as emissões de CO2 dos ônibus precisam cair pela metade até 2028 em relação ao ano de 2016 e serem extintas nos dez anos seguintes. Já para MP e NOX, essa lei determina que as emissões sejam reduzidas também como ano base de 2016, respectivamente, em 90% e 80% até 2028. Atingindo, assim, 95% de redução no ano de 2038.
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