30 de outubro de 2024

Monociclos elétricos: modinha ou o futuro da micromobilidade?

Prevê-se que o mercado de veículos elétricos plug-in (PEV) experimente um crescimento explosivo na próxima década. Em particular, alguns analistas esperam que os veículos de micromobilidade – uma subclasse de PEVs – cresçam em avaliação para US$ 210 bilhões até 2028. Os veículos de micromobilidade são pequenos dispositivos de transporte movidos a eletricidade usados em curtas distâncias. Exemplos comuns incluem patinetes elétricos, e-skates e e-bikes.

Essa enorme popularidade desses pequenos dispositivos de transporte pessoal está sendo impulsionada por vários fatores, incluindo a crescente competitividade de custo dos PEVs em relação a veículos tradicionais como carros, avanços na tecnologia de baterias de lítio e crescente interesse do consumidor em opções de transporte sustentáveis.

Um tipo de dispositivo de micromobilidade pessoal que está ganhando popularidade é o monociclo elétrico (EUC – Electric Unicycle). Os EUCs são dispositivos autoequilibrados de uma roda que são alimentados por baterias de lítio e um motor de cubo de alto torque.

monociclos elétricos

Um EUC médio pode atingir velocidades de até 40 km/h e pode percorrer distâncias que variam de 20 a 120 quilômetros, dependendo do modelo, com uma única carga. EUCs mais orientados para o desempenho podem atingir velocidades de até 70 km/h, e alguns incluem suspensão embutida para percursos fora de estrada. O custo também é relativamente acessível, com uma variedade de modelos com preços a partir de R$ 4,3 mil.

Embora a popularidade estatística e os números de vendas no mercado EUC não sejam claros, devido em parte ao seu nicho, os monociclos elétricos têm sido cada vez mais visíveis em ambientes urbanos na Europa e na América do Norte. O apelo do monociclo elétrico é claro: eles são muito mais baratos que carros, motocicletas ou até mesmo transporte público. Além disso, eles são livres de emissões e pequenos o suficiente para levar com você em um trem ou ônibus, ou até mesmo no escritório. Na verdade, eles vão caber bem embaixo da sua mesa de trabalho.

Aqueles que moram nas cidades e precisam de um meio de transporte ágil para distâncias curtas, como menos de 16 quilômetros, e podem levá-los rapidamente do ponto A ao ponto B, estão descobrindo que os monociclos elétricos são uma boa solução. Um exemplo interessante também é o de serviços de entrega de alimentos, que permite que as transportadoras usem seus monociclos elétricos por sua facilidade de manobra em áreas congestionadas.

À medida que o crescimento do transporte elétrico pessoal para uso comercial e lazer continua a se expandir, o mesmo acontece com o número de pessoas que usam monociclos elétricos em espaços públicos.

É claro que permanece a questão de como a sociedade reagirá a essa mudança. Aceitaremos monociclos elétricos como uma nova opção de transporte? Ou serão vistos como uma moda passageira?

Ainda não se sabe se os monociclos elétricos são uma novidade passageira ou vieram para ficar. Mas uma coisa é certa, com a inovação na micromobilidade se movendo em um ritmo vertiginoso, os monociclos elétricos se tornaram uma das evidências mais visíveis – e talvez mais divertidas – dessa revolução.

Por aqui, em 2020, já somavam mais de mil unidades rodando apenas na cidade de São Paulo. Esse número vem crescendo e revela um dado ainda mais curioso, que reflete o estilo de vida pós-pandemia: segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), 20% dos compradores desses monociclos elétricos eram maiores de 50 anos.

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