A Marcopolo encerrou o ano passado com uma participação de 49,8% no mercado de produção de carrocerias para ônibus, o que a manteve na liderança do segmento. Apesar da queda nas exportações, a empresa gaúcha teve bom desempenho no mercado nacional. Segundo informações da assessoria de imprensa da encarroçadora, o resultado é reflexo da estratégia adotada nos últimos dois anos de reforçar o relacionamento e a atuação junto aos clientes, criar novas soluções e oferecer um mix maior de produtos. Além disso, a empresa tem focado na excelência da rede de vendas e na qualidade do atendimento de serviços e pós-venda.
Os segmentos de rodoviários e micros tiveram destaque na marca, com participação de 67,9% e 58,1%, respectivamente. A presença em urbanos, com participação de mercado superior ao histórico (39,6%), e em miniônibus (Volare) também foram relevantes, com crescimento de 9,7% (3.929 unidades contra 3.583 em 2018) e 7% (2.305 veículos contra 2.154 em 2018), respectivamente.
Crescimento em 2020
Para 2020, as perspectivas da Marcopolo são de crescimento, com elevação de demanda no mercado nacional, recuperação das exportações e resultados melhores em praticamente todas as operações internacionais. Os executivos da empresa acreditam que, no Brasil, a taxa básica de juros em seu menor nível histórico e a confirmação do esperado crescimento econômico, devem permitir o prosseguimento dos programas de renovação de frota em todos os segmentos.
Os negócios da Marcopolo no Brasil cresceram 17,6% e contribuíram para uma receita recorde de R$ 4,314 bilhões em 2019, com crescimento de 2,8% em relação ao ano anterior. A demanda do mercado brasileiro fez os negócios da empresa no país aumentarem 17,6%, de R$ 1,916 bilhão no exercício anterior para R$ 2,252 bilhões, e representaram mais da metade da receita líquida (52,2%). O lucro líquido também cresceu 11,1% e atingiu R$ 212 milhões.
A produção global consolidada da Marcopolo totalizou 15.741 unidades, volume 2,2% inferior às 16.103 carrocerias fabricadas no exercício de 2018. Desse total, 13.330 unidades foram produzidas no Brasil e as demais 2.411 unidades no exterior. Segundo José Antonio Valiati, CFO e diretor de relações com investidores da Marcopolo, apesar do desempenho crescente da fabricante, o ano de 2019 foi marcado pela inconstância da demanda.
“O fornecimento para clientes do mercado brasileiro cresceu 2,9% (10.532 unidades), mas não compensou em volume a queda de 24,1% registrada nas exportações (2.881 unidades). No País, o processo de recuperação de volumes foi arrefecido pela menor demanda de ônibus rodoviários com maior valor agregado e com entregas menores ao programa federal Caminho da Escola. Nas exportações, houve queda de 25,4% nos negócios (R$ 1,015 bilhão contra R$ 1,360 bilhão, em 2018) e a demanda foi afetada por crises nos principais mercados sul-americanos e menores volumes vendidos para o continente africano”, comenta.
Nas operações do exterior, a Marcopolo alcançou crescimento tanto em receita quanto em volume de produção, com R$ 1,046 bilhão (elevação de 13,6% em relação aos R$ 921 milhões de 2018) e 2.411 unidades fabricadas (contra 2.145 do ano anterior, aumento de 12,4%). Marcopolo México, Superpolo (Colômbia) e Volgren (Austrália) foram os destaques positivos, com resultados crescentes. Enquanto as duas primeiras elevaram produção e resultados frente a 2018, a operação australiana, mesmo com diminuição de volumes, conseguiu reverter a condição de prejuízo do ano anterior, informa a empresa.
Leave a Reply