Marcopolo, com receita líquida consolidada de R$ 2,040 bilhões, cresceu 9,9% no primeiro semestre desse ano em relação ao mesmo período de 2018 (R$ 1,856 bilhão). Para a empresa, a retomada das vendas no mercado interno, que cresceram 52,5%, e os resultados obtidos com os programas visando maior produtividade, qualidade e redução de custos de materiais, tiveram destaques nos resultados.
A produção mundial da Marcopolo cresceu 13,2%, atingindo 7.837 unidades fabricadas contra 6.922 no mesmo período do ano anterior. As atividades nas unidades brasileiras também avançaram e passaram de 6.076 unidades para 6.875 unidades, também com incremento de 13,2%. Os segmentos que mais cresceram foram os de micro-ônibus (57,2%) e dos veículos Volare (35,5%).
“Os resultados apresentados pela Marcopolo no primeiro semestre de 2019 reforçam a consistência do processo de recuperação do mercado interno, com aumento de volumes em todos os segmentos de negócio”, destaca José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo. A produção da Marcopolo destinada ao mercado brasileiro avançou neste primeiro semestre 30,5% sobre os volumes fabricados no mesmo período que 2018, que já havia apresentado um crescimento bastante expressivo sobre 2017. Apesar do crescimento ainda tímido da economia brasileira, a volta gradual da demanda por ônibus representa um desdobramento do represamento da renovação de frotas ocorrido entre 2015 a 2017.
Os segmentos de micros e de modelos Volare foram os que mais cresceram e esse desempenho é resultado tanto das vendas para empresas privadas como pelas licitações. Em relação ao programa Caminho da Escola, a Marcopolo forneceu 1.314 unidades no primeiro semestre de 2019.
Nas exportações, o segmento de rodoviários apresentou o melhor desempenho. Mesmo com queda de vendas para a Argentina, o segmento mostrou crescimento de 25,5% em volumes no semestre. As vendas de urbanos para o mercado externo apresentaram retração trimestral especialmente em função da forte base estabelecida no primeiro semestre de 2018, quando as vendas para o continente africano foram destaque. A expectativa é de uma recuperação das exportações a partir do fim do terceiro trimestre deste ano, com o segmento de rodoviários mostrando ainda melhores resultados. No mix de vendas do segundo trimestre deste ano, a queda das exportações acabou prejudicando margens.
Nas unidades externas, se destaca a operação do México que cresceu 90,8% (750 unidades contra 397). A unidade mexicana é beneficiada pelo bom momento do mercado local, com volumes crescentes e um mix voltado a produtos de maior valor agregado.
Na Colômbia o crescimento da Superpolo foi de 26,9% (754 unidades contra 594), muito em função das entregas para a renovação da frota de Bogotá, que está substituindo seus modelos urbanos simples por ônibus articulados. Por outro lado, o encerramento das operações da Metalpar e a queda substancial de vendas da Metalsur continuam afetando o desempenho na Argentina.
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