O crescimento de 27,3% nas exportações e de 14,6% nas vendas realizadas pelas unidades localizadas no exterior contribuíram para compensar parcialmente a retração de 37,6% no mercado interno. No ano, o lucro líquido da encarroçadora atingiu R$ 222,5 milhões (contra R$ 89,1 milhões, no ano anterior). O resultado agrega a alienação parcial da participação equivalente a 7,4% do capital da companhia canadense New Flyer Industries.
Projetos voltados à prospecção de oportunidades, onde foram visitados mais de 65 países, resultaram no incremento de 54,6% no volume físico exportado (2.959 unidades contra 1.915, em 2015).
Nas unidades do exterior, a receita líquida da Polomex, no México, e da Volgren, na Austrália, cresceu 28,0% e 13,3%, respectivamente. O resultado alcançado pela unidade do México originou-se principalmente da maior comercialização de ônibus rodoviários, por intermédio de exportações a partir do Brasil, reflexo do novo modelo de negócio que possibilita à operação mexicana montar ônibus com diferentes marcas de chassis. Na unidade australiana, o crescimento da receita é decorrente do aumento de 10,1% de unidades físicas vendidas.
Perspectivas para 2017
O início de 2017 sinaliza que será mais um ano desafiador, especialmente no primeiro trimestre. A Marcopolo acredita na retomada gradual da demanda por ônibus, a partir do segundo semestre, em função de perspectivas mais otimistas quanto à atividade econômica no País, relacionada a dados recentes de inflação e pela redução das taxas de juros.
A demanda doméstica no segmento de ônibus rodoviários poderá ser incrementada pela regulamentação de acessibilidade, que passa a exigir que novos veículos produzidos a partir de julho de 2017 sejam equipados com elevadores, bem como pela obrigatoriedade de redução na idade média da frota que, até o fim de 2017, deverá ser de oito anos.
No segmento de ônibus urbanos, o programa federal Refrota poderá fomentar novos investimentos. O objetivo do programa é a abertura de crédito no valor total de R$ 3 bilhões para a renovação de até 10 mil ônibus. Pedidos voltados à modernização da frota dos operadores municipais também poderão alavancar vendas, após dois anos de retração.
A encarroçadora acredita na continuidade do desempenho positivo das exportações e de suas operações localizadas no exterior, com a manutenção dos clientes tradicionais e a prospecção de novos mercados. No início de fevereiro a empresa promoveu uma reestruturação de sua área comercial – Mercado Externo, integrando-a com a área de Negócios Internacionais. O objetivo é maximizar negócios em todas as regiões e aperfeiçoar a integração entre as exportações a partir do Brasil e as operações internacionais da empresa. A mudança facilitará o desenvolvimento conjunto de mercados e produtos específicos para cada região de atuação das unidades.
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