A MAN Latin America aproveitou a Transpúblico 2017 – feira de ônibus realizada esta semana, em São Paulo – para divulgar seus chassis de ônibus Volksbus com suspensão pneumática e a linha de peças Economy para ônibus.
“O ônibus com suspensão a ar é uma tendência que não volta atrás, só tende a incrementar o volume de vendas”, declara Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da MAN Latin America. Ele conta que clientes que já compraram veículos da montadora com suspensão a ar têm voltado às compras querendo repetir essa opção. “Eu imagino que, de hoje a cinco anos, 90% do transporte urbano estará equipado com suspensão a ar porque a aceitação do empresário é muito boa, a aceitação do motorista é muito boa, a aceitação do passageiro é muito boa e a aceitação do órgão gestor também é muito boa porque o ônibus com motor dianteiro com suspensão a ar tem um custo baixo em comparação a outros de motor traseiro, ou low entry, não impactando no custo da tarifa”, afirma Alouche.
Na visão do executivo, o ônibus ideal urbano é um veículo com motor dianteiro, suspensão a ar, automatizado e com ar-condicionado. “É uma solução de custo baixo, adequada à capacidade do governo de remunerar. Um biarticulado ou superarticulado é coisa que todo mundo sonha, mas é difícil remunerar e a equação fica difícil de fechar. Com o ônibus motor dianteiro, com essas características, acredito que a coisa comece a deslanchar. A experiência mostra que o cliente que comprou ônibus com suspensão a ar está voltando para buscar mais”, diz.
Mercado
Mesmo com a demanda mais aquecida para esse segmento, Alouche acredita que este ano o mercado não será melhor que no ano passado e dever ficar em torno de 10 mil a 11 mil ônibus. “Primeiro porque não tivemos um volume expressivo este ano do programa Caminho da Escola, a nova licitação vem sendo postergada há alguns meses e não vamos ter tempo hábil de fazer a licitação este ano e ter volume expressivo de vendas ainda este ano. Comparando o desempenho do Caminho da Escola com o ano passado, o volume é menor e acaba puxando o mercado para baixo”, avalia.
Além disso, ele destaca que o envolvimento de órgãos gestores do transporte público em escândalos de corrupção e desvio de verbas acabou segurando a decisão de alguns operadores por renovar a frota, principalmente de urbanos.
Já o rodoviário teve este ano um incremento bastante considerável que compensou em parte a queda do urbano e do Caminho da Escola. “Para o ano que vem, voltando o Caminho da Escola e se as grandes cidades começarem a renovar frotas, nós acreditamos que deverá haver crescimento de vendas”, prevê o executivo.
Refrota 17
Sobre o Refrota 17, linha de financiamento para renovação de ônibus urbanos, Alouche diz que a montadora está “completamente integrada no programa”. “O banco Volkswagen está com a documentação toda entregue e está aguardando a liberação do governo para o Refrota, assim como outas montadoras. O banco Volkswagen foi o primeiro a protocolar sua vontade em participar do Refrota e estamos esperando as liberações. Por ser um programa novo, monitorado pela Caixa Econômica Federal e pelo governo, a equipe não tem muita experiência no segmento de transporte público e o andamento demorou, mas o processo agora está na parte final das liberações, então acreditamos que, especialmente em 2018, vamos usar muito o Refrota”, afirma.
TRANSPÚBLICO
A montadora comemorou na Transpúblico a marca de 140 mil chassis produzidos desde o lançamento da família Volksbus, há quase 25 anos. Na linha Economy, foi destacado o portfólio completo que já conta com mais de 60 componentes para caminhões e ônibus, incluindo a entrada do filtro de combustível do motor MAN D08 e do kit de embreagens para veículos Euro 3. São 22 itens da linha Economy dedicados a modelos com motores dianteiros, traseiros e micro-ônibus, que vão desde lonas e tambores de freio, filtros de combustível e ar, até kits de embreagens e cruzetas com motorização Euro III e V.
“Estamos desenvolvendo uma série de outros componentes para proporcionar aos clientes uma nova linha focada no mercado de reposição, mantendo o mesmo nível de comprometimento que temos em relação às peças com que o veículo sai de fábrica”, explica Osmany Baptista, gerente executivo de peças e acessórios.
No estande da empresa foi exposto o chassi Volksbus 18.280 OTS LE, equipado com motor MAN D08 de 6 cilindros e 280 cv, opção de transmissão automática ou automatizada e piso baixo. O veículo foi concebido em sinergia com o projeto europeu e apresenta novos conceitos de construção e soluções tecnológicas voltadas para as operações urbanas. Os visitantes puderam ver também o Volksbus 17.260 ODS, com motorização MAN D08 de 6 cilindros, com 256 cv e torque de 900 Nm, disponível com transmissão ZF manual ou automatizada, e com a suspensão pneumática integral.
A empresa também levou à feira o Volksbus 17.230 OD – indicado para severas operações de transporte urbano e fretamento, e o Volksbus 9.160 OD, com motor Cummins ISF de 3,8 litros e caixa de transmissão ZF 5S 420 de cinco marchas, concebido para atender rotas severas do transporte urbano, além de operações de fretamento e turismo. O modelo pode receber carrocerias com 32 lugares, mais bagageiro, ou 27 lugares com sanitário.
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