Cada vez com mais velocidade, a Inteligência Artificial (IA) vem impactando o mercado e vemos o movimento de gigantes de todos os setores que investem em sistemas e departamentos exclusivos e altamente capacitados para acompanhar tantas transformações. Para falar sobre IA, precisamos ter clareza sobre sua definição, que nada mais é que uma ciência capaz de criar máquinas e softwares inteligentes. E ela está mais inserida no nosso cotidiano do que podemos perceber, como, por exemplo, o uso do Google Translate ou dos assistentes digitais como a Siri, da Apple.
Além disso, se pararmos para analisar as possibilidades de aplicá-la no mercado, expandimos ainda mais esse universo: o desenvolvimento de veículos autônomos é um exemplo muito claro. Há alguns anos, empresas como Google e Ford têm trabalhado nesse projeto e, recentemente, a Volvo também anunciou que entrará nesse setor. Produzir carros inteligentes aumentará a segurança da condução, além de tornar as cidades mais ecológicas e reduzir os congestionamentos. Vale lembrar que caminhões autônomos já são realidade em pelo menos dois campos australianos de mineração.
Segundo estudo realizado em junho deste ano pela McKinsey Global Institute Study, empresa global de consultoria de gestão, grandes corporações de tecnologia, incluindo Baidu e Google, gastaram entre US $ 20 bilhões e US $ 30 bilhões em IA no ano de 2016, com 90% do gasto em pesquisa, desenvolvimento e implantação, e 10% nas aquisições de Inteligência Artificial. Outro dado muito importante é que as empresas baseadas nos Estados Unidos absorveram 66% de todos os investimentos em IA no ano anterior, enquanto a China ficou em segundo lugar, com 17%.
E se tratando do setor logístico e gestão de frotas, a Inteligência Artificial também pode ser aplicada de diversas maneiras. Quando deve ser feita a manutenção de forma a gastar o menos possível? Qual é o melhor veículo para a sua operação? Quanto dinheiro é desperdiçado com combustível e pneu devido à má condução? Esses são alguns dos questionamentos que podem ser respondidos por meio de algoritmos de IA que produzem de maneira rápida e automática modelos que conseguem avaliar dados maiores e mais complexos, gerando resultados com agilidade e precisão, mesmo em uma grande escala.
Atualmente, uma solução oferecida por muitas empresas especializadas em gestão de frotas, que desejam identificar o motorista que está dirigindo, é um dispositivo veicular com leitura de cartão magnético, em que cada motorista tem seu próprio cartão. Há também outras possibilidades eficientes e seguras oferecidas, como o serviço de fingerprinting, que aplica algoritmos de aprendizado da máquina e consegue determinar, com alta precisão, quem é o motorista que está dirigindo naquele momento, apenas avaliando o modo de condução. Por meio de um software é possível gerar essas informações e a partir disso identificar condutas que interferem diretamente no desempenho tanto do veículo quanto no gerenciamento da frota. Isso auxilia a empresa a identificar potenciais desperdícios de combustível e até mesmo os gastos excessivos com manutenção que tal método de direção pode causar.
Implantar uma ferramenta como essa não exige um alto investimento e traz inúmeros benefícios para a gestão da frota, como, por exemplo, redução de gastos com combustível, pneus e manutenção, prevenção de acidentes, previsão de chegada e identificação automática do motorista.
Por fim, podemos concluir que o mercado está cada vez mais competitivo e há muito dinheiro sendo desperdiçado em operações pouco eficientes. Investir em IA será questão de sobrevivência para quem deseja se manter no mercado. E aí, você está preparado?
*Rodrigo Mourad é sócio da Cobli, startup especializada em melhorar a gestão de frotas.
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