Desde 2012, a chinesa Zotye Motors demonstra interesse em se estabelecer no Brasil. Depois de muitas idas e vindas parece que finalmente seus planos começam a sair do papel. Após dificuldades em estabelecer fábricas no Espírito Santo, no Ceará e em Santa Catarina, a montadora chinesa, em parceria com a Electro Motors, empresa nacional dos sócios da Zotye no Brasil, anunciou uma fábrica em Goianésia, GO.
A capacidade da fábrica deve ser de 20 mil carros por ano fabricados, segundo previsão da montadora. Para isso, os parceiros estimam investimentos de R$ 150 milhões no projeto para construir a unidade, que inclui a planta conjunta da Electro Motors, que fabrica veículos de propulsão elétrica. O prédio será o mesmo, mas cada empresa terá sua própria operação dentro dele, com a divisão de apenas algumas áreas, como a de pintura.
Será o primeiro projeto automotivo desta primeira fase de implantação da planta industrial, que totalizará quatro modelos de motos, dois modelos de scooters e dois modelos de bicicletas, todos movidos à eletricidade. Nas próximas etapas vão produzir também dois modelos de veículos utilitários e dois modelos de automóveis, estes programados para chegarem ao mercado em 2019.
“Começamos com projeto para desenvolver oito modelos de veículos totalmente movidos a energia limpa, a eletricidade, cuja produção inicial será de mil unidades ao mês”, adiantou o empresário Carlos Eduardo Barbosa Pinto, que se associou a outro empresário, Wander Barcellos Belizario e juntos vão desenvolver projetos da Zotye.
O projeto industrial conta com incentivos fiscais do programa do Estado de Goiás, o Produzir, aprovado no mês passado. Carlos Eduardo declarou a importância dos incentivos fiscais recebidos do programa e também incentivos da prefeitura de Goianésia.
“Eles nos ajudam a concretizar nosso projeto empresarial”, disse. Segundo ele, somados os apoios recebidos em Goianésia e também pelo Governo do Estado com os incentivos fiscais, as vantagens da logística e localização do município para a instalação da indústria pesaram muito para os resultados positivos desse projeto”, afirmou o empresário.
Ele acrescentou vantagens como o fato de “investirmos num projeto de veículo elétrico, ajuda a fugir da crise. Vamos trabalhar um novo nicho de mercado, uma nova tecnologia e uma novidade que promete ser a tendência de mercado automotivo, que é o movido a eletricidade. Estamos fazendo planejamento para passar à margem das crises”, finalizou.
Além das motos, a Electro Motors fará dois scooters, um de estilo retrô e outro comum, chamado apenas de Scooter, e três bicicletas: a Bike Business, a Bike City e a Bike Sport.
As bicicletas terão baterias de íons de lítio e autonomia elétrica de 50 km. Os scooters, poderão percorrer até 100 km, também com baterias de íons de lítio, mais caras. A garantia para as motos será de 3 anos e deve ser a mesma para todos os produtos da marca, ainda que ela não mencione isso em seu informativo mais recente.
Os modelos serão fabricados em regime de CKD, com plano de nacionalizar até 70% dos componentes em um prazo de 5 anos.
Para 2019, especula-se que serão lançados o E200 e o Z500 EV. O primeiro é um subcompacto urbano com 81 cv de potência, velocidade máxima de 120 km/h e autonomia de bateria de 160 km. O segundo é um sedã com 125 cv de potência, velocidade máxima de 140 km/h e autonomia de 250 km.
O sedã Z500 EV é um modelo um pouco mais sofisticado. Entre suas especificações se encontram teto solar elétrico, bancos em couro e painel de controle touch-screen multimídia com tela vertical.
Já o utilitário elétrico, ainda sem nome definido, terá duas versões. Na versão furgão, a primeira a ser apresentada, o baú possui 4 m³ de capacidade de carga e a picape com caçamba, terá 4,40 m de comprimento, 1,70 m de largura e 1,92 m de altura. A empresa fala em autonomia de 180 km por recarga completa, velocidade máxima de 120 km/h e um tempo de 60 minutos para recuperar 80% da carga.
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