Cada cidade decide se deve cobrar e qual a melhor maneira para cobrar pelo estacionamento de automóveis em suas vias, mas num país onde é comum, em qualquer rua em que se quer parar, aparecer um “flanelinha” para cobrar algum valor, determinadas soluções podem levar vantagem para afastar esses atravessadores que têm vendido até mesmo a chamada Zona Azul Digital com algum ágio, como foi recentemente noticiado na cidade de São Paulo.
Um equipamento inteligente para gerenciar vagas de estacionamento tem sido adotado por diversos municípios e funciona de maneira que ajuda a evitar delitos.
O Parquímetro Street pode ser instalado em diferentes modelos de zona azul (estacionamento rotativo pago) e é um equipamento de autoatendimento, ou seja, está sempre à disposição dos usuários. Ele também dá liberdade de escolha entre diferentes formas de pagamento para que o motorista possa optar pela que melhor lhe convier naquele momento. A tecnologia aceita moedas, cartões pré-pagos (é compatível com cartões de transporte público, como, por exemplo, o Bilhete Único) e cartões bancários de débito e de crédito. É um leque de escolhas que deixa quase nenhuma margem para a ação de intermediários.
Além disso, o equipamento é ecologicamente correto porque funciona a energia solar, com uma placa solar instalada no topo do próprio parquímetro para alimentar o sistema.
Segundo dados da empresa que desenvolveu a solução, a Digicon, atualmente estão instalados mais de 4 mil desses equipamentos em mais de 80 cidades do país.
A aceitação de cartões de débito e crédito é mais recente, foi iniciada no último mês na cidade de Gravataí (RS) e um projeto piloto está agendado para começar em breve na cidade de Santo André (SP). Ainda existe a perspectiva de iniciar a operação também nas cidades de Poços de Caldas (MG) e Sumaré (SP). Nas capitais, o Parquímetro Street funciona em Florianópolis (SC), Vitória (ES), Palmas (TO) e Rio Branco (AC).
Levantamento da Digicon mostra que nas cidades onde existe a operação mista com parquímetros e aplicativos de celular, os percentuais de venda se concentram entre 80% e 95% nos parquímetros e de 5% a 20% em aplicativos de celulares. Do percentual dos parquímetros, 80% a 90% dos pagamentos são feitos com moedas e de 10% a 20% com cartões pré-pagos.
Há ainda uma utilidade paralela desses parquímetros que, por serem terminais de autoatendimento, podem realizar outras funções como recarga de créditos para transporte (Recarga do Bilhete Único) e emissão de tíquetes ou passagens unitárias (com código de barras e QR Code).
A gestão dos parquímetros é feita totalmente via web, informando relatórios de movimentações financeiras, eventos e resumo diário, o que torna os processos mais transparentes para as empresas operadoras e órgãos de gestão e fiscalização municipal.
Os dois municípios que mais recentemente adotaram os parquímetros a energia solar foram Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que instalou 12 parquímetros no centro da cidade, e Garibaldi, na Serra Gaúcha, que implantou 20 equipamentos.
Vale destacar que mercados da Argentina, Colômbia e México já consultaram a Digicon para fazer cotações do Parquímetro Street. A Digicon projeta a comercialização de mais de 1,6 mil novos equipamentos até o final de 2018, ampliando em cerca de 40% o número de parquímetros em funcionamento no país.
Outra solução inteligente para estacionamentos foi adotada pelo município de Águas de São Pedro (SP), desta vez em uma área livre de cobrança. A cidade implantou na via pública um sistema chamado de SmartPark Out, semelhante ao que é usado em estacionamentos de shopping centers, com um totem no início da rua que indica, em um painel luminoso, o número de vagas disponíveis para estacionar. Quando o veículo estaciona na vaga livre, um sensor detecta o carro e comunica ao sistema para atualizar os números do painel em tempo real. Além dos avisos no totem, o usuário pode se informar se há vagas livres por meio de um aplicativo no celular ou via website. A solução foi desenvolvida pela empresa Smart Motion.
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